Faço minhas...
...as sábias palavras do Arthur Dapieve, no Globo de ontem, sobre o mais recente lamentável episódio do mundo BRock (é meu o grifo na última frase):
“Não curto Charlie Brown Jr., mas minha filha adora. Acho fraco de música e de letra, mas simpático e honesto em “Proibida pra mim” ou “Eu não uso sapato”. Diante da agressão de Chorão a Marcelo Camelo, porém, passo a achar fraco de espírito também. Típico de um país que acha que cabeça só serve para dar cabeçada. Ter atitude, no Brasil, é romper o ciclo da truculência e atar o ciclo da paz.”
A perguntar que não quer calar
O que é que Marcos Menna, o bonitinho vocalista do L S Jack, fazia numa mesa de lipo?
Nã-nã-nã-não entendo
Definitivamente, há algo de muito estranho no mundo da publicidade. Onde diabos foram parar os bons jingles? Aqueles que “grudavam” no ouvido da gente, com boas melodias, letras sintéticas (como devem ser) e apelo emocional eficaz?
Para vocês terem uma idéia, até hoje, quando vejo a marca da Brahma, lembro daquela musiquinha adaptada: “Pensou cerveja, pediu Brahma Chopp... etc” -, fora de circulação há não sei quanto tempo -, que consagrou o bordão “número 1”, Ronaldinho na copa, e tal. Depois disso, o que é que se viu/ouviu?
O bordão “refresca até pensamento” até foi uma boa sacada, mas não acho que tenha sido bem executado. Agora, essa do “na-na-na-na” devia levar um prêmio... francamente, acho que refrescaram o pensamento demais - até que ele congelou.
E aquelas campanhas lindas da Parmalat? E aquela menina que descrevia a caixinha de leite: “você corta o biquinho da vaca, e aí, vira a vaca de cabeça para baixo”! Cadê?
Sem falar nas campanhas do Bom-Brill, claro.
Agora, que pobreza é essa de “Ace todo branco fosse assim”? O sujeito cata o primeiro trocadilho infame que achar pela frente, e está feita a campanha? Então eu vou me candidatar.
Outra pérola: “Dúvida por quê? Detergente é Ype!”. Só de raiva, vou direto ao concorrente.
E o “mala das Casas Bahia”, que acabou virando mesmo celebridade? Em terra de cego...
E o cara que tem a língua “pgesa”, protagonista de uma peça publicitária cujo ápice do texto é quando ele diz: “Agagaquaga” em vez de Araraquara!!! Onde é que nós estamos?
Só posso concluir que, depois que liberaram geral as bundas e os peitos na publicidade, o povo se empolgou tanto que acabou perdendo o jeito com as palavras (faladas e cantadas, diga-se de passagem). Agora, estão tateando no escuro de uma criatividade cada vez mais impalpável.
Esperança ou a falta dela
Há 3 anos