O felizmente dos infelizes
Uma moça escreve para o jornal; ela e o pai estavam num engarrafamento em frente ao shopping Downtown, na Barra da Tijuca, às 18h, quando estranharam uma cena à frente. Parecia que um sujeito estava empurrando um carro. O pai pôs farol alto em cima para ver melhor. O cara estava assaltando e veio na direção deles atirando.
“Felizmente” o pai da moça só ficou ferido, e ninguém mais se machucou.
Felizmente, também, um amigo querido teve a sorte de ser assaltado e ameaçado com uma arma por um sujeito bem vestido que lhe roubou o carro, dizendo: “Perdeu, playboy! Cai fora.” Ainda levou a bolsa com todos os pertences da namorada dele. Mas, felizmente, ninguém morreu.
Graças a Deus, todos nós escapamos (quase) intactos. Um vidro quebrado aqui, uns documentos roubados ali, uma taquicardia, uma correria, um pouco de pânico e indignação. A preocupação de nossos amigos. O suspiro aliviado dos nossos pais. Graças a Deus!
Em terra de cegos no tiroteio, quem ainda tem um olho é “felizmente”.
Esperança ou a falta dela
Há 3 anos