13 junho 2002

PARA OS RECÉM-CHEGADOS

Tenho recebido e-mails de gente que eu não conhecia, dizendo que achou link para o meu blog aqui e ali, que anda me visitando regularmente, e tal. Há quem pergunte quem eu sou, de onde vim, para onde vou, e coisas mais importantes - como a cor do cabelo, por exemplo.

Sendo assim, resolvi postar (acho postar muito feio, posso usar publicar?), digo, publicar aqui algumas coisas que sirvam para me identificar, no caso do sujeito não saber a que se destina estes escritos, os versinhos, as besteirinhas, e o raio da minha vida.

Pois bem. Meu nome é Bíbi Da Pieve, com o primeiro Bi mais forte que o segundo; por isso, adotei o acento (desde pequenininho, que me veio ainda berrando e envolto em fraldas gráficas. Eduquei e tudo, de modo que não sai mais de cima do meu Bi, nem por um decreto.) Incomodo-me quando me chamam de Bibiiiiii, como a buzina de um carro, por exemplo. Sou Bíbi.

Tenho 24 anos (mas isso é coisa que muda com o tempo). Sou sagitariana, com ascendente em câncer e a lua em touro. Moro no Rio de Janeiro há quatro anos. No presente momento, entretanto, acho-me tirando "férias" na minha cidade natal, São Leopoldo, que fica a uns 30 km de Porto Alegre, mais ou menos.

E por que é que ela tira "férias" entre aspas, se todo mundo tira sem aspas?

Explico: é que trabalho com música - sou baixista e vocalista de uma banda chamada Ana Lógica, e músico não tira férias (sem aspas) nunca, porque o diacho da atividade vicia, e a pessoa pode até tentar, mas não pára de tocar nunca. Pode não ser em público, mas continua tocando.

E outra coisa: não recebemos nas nossas "férias". Convenceram-se, agora, das aspas?

Não escrevo profissionalmente; minha profissão é a música, desde meus 13 anos, quando tive a idéia de me meter numa banda de rock. Por isso eu escrevo aqui; porque adoro escrever, e me divirto demais.

Vocês podem perceber que não tenho personalidade como escritora, por exemplo, porque hoje eu ando exagerando no tamanho das frases, enchendo de vírgulas, deixando o ponto para bem longe, transferindo o final. Sabem por quê? Ando lendo João Ubaldo.

Outro dia, aqui mesmo, usei termos regionalistas exageradamente - estava lendo Verissimo. E, assim, sigo pegando o sotaque os escritores, inspirando-me em quem sabe fazer a coisa de verdade, e mentindo pra vocês que também faço. Sei, sei que não convenço ninguém, mas o brinquedo é meu, dá licença?

Findo aqui a minha breve autodescrição, certa de que ajudei uns e outros a saberem onde é que andam pisando, para que, então, possam ter, quem sabe, um surto de lucidez, e decidam se arrepender amargamente do momento insensato em que lhes veio à veneta a idéia torta de estacionar o mouse por aqui. Ou não, vai saber.

Tenho dito.

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