23 novembro 2006

Novembro

Comprinhas básicas no shopping. Susto: não entro em mais nada P ou M.

- Você não está gorda. Está grávida.

Meu senso crítico (que, aliás, sofre de falta de senso) está escrevendo isso 300 vezes num caderno. Que é para ver se fixa. Do jeito que é lerdo, capaz de fixar só quando a Lara fizer 15 anos.

Espertinha, comprei um boné. Está lá escrito: “Tamanho ÚNICO”. Rá rá rá!, não tem preço.

As pessoas estão dizendo muito que eu não engordei “por exemplo, nos braços”. E os exemplos param por aí. Fica todo mundo com cara de três pontinhos, sabe quando quer achar palavra e não vem? Faço graça:

- Você pode falar das minhas orelhas também. E dos dentes...

Vamos rir, é novembro.
:o)


Filme: Os Infiltrados

Fomos assistir ao novo do M. Scorsese – Os Infiltrados, com Jack Nicholson, DiCaprio, Matt Damon, Alec Baldwin (que, um dia, foi um homem bonito), etc. Elenco de primeira, só craque.

Realmente é um filme ótimo, dos melhores que vi nos últimos tempos. O roteiro tem um nó que provoca uma sensação constante de suspense misturado com quero-ver-como-acaba, misturado ainda com tomara-que-não-acabe-logo. Adoro isso.

O gênero é drama (está na ficha), mas se trata de um complexo caso policial – então tem muito tiro e sangue, mistério, ação e algum humor inteligente. Desses elementos que citei, gosto só do mistério e do humor; não gosto de policial, tiro e sangue me cansam, cenas de ação me dão muuuuiito sono. E, mesmo assim, adorei o filme.

Nos primeiros 15 minutos, é verdade, fiquei um pouco sonolenta. Cheguei a pensar que pudesse ser um daqueles filmes de roteiro embolado e muitos homens “fodões” se agredindo e dizendo frases de efeito, mas a sensação passou rápido e a coisa engatou. Recomendo!


Chiclete bola

Chegamos na praça de alimentação e começamos a rezar para vagar uma mesinha. Assim que vagou, eu me sentei para guardar o lugar (e para bufar um pouco, porque grávida cansa e bufa!), enquanto minha mãe foi se servir no buffet.

Mal dei minhas primeiras bufadas, apareceu um casal – ele tinha cara de bobalhão de bermudas, e ela era um show à parte: calça jeans dessas que embalam a bunda a vácuo (será que conserva?), sandália com saltão de acrílico, cabelo colorido e chapado, blusinha cor de chiclete bola.

Ainda se diz chiclete bola? Enfim.

- Você está sozinha na mesa? – Perguntou a toda-boa.

Pensei que eles queriam arrastar alguma cadeira dali, óbvio, respondi:

- Estou esperando só uma pessoa. (Como quem diz: sobram duas cadeiras, podem levar para a mesa de vocês).

E a moça se vira para o companheiro mudo:

- Viu, fulano? Só está esperando mais UMA pessoa. Vamos sentar aqui?

!!!

A mesinha não acomoda nem quatro bandejas da mesma família, que dirá um bobalhão de bermudas e uma perua embrulhada a vácuo! Ah, não.

- Escuta, moça, estou esperando SÓ UMA PESSOA, mas nós vamos usar A MESA INTEIRA. Tendeu??

Bobalhão puxa a dama pelo braço, e ambos saem quicando pelos corredores. Para a sorte deles. Se ficam mais um pouco, pego logo um palito de dentes e furo os peitos dela.

Iam todos ver o que é chiclete bola.

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