29 novembro 2006

Transtorno bipolar

Ontem fui ao Shopping da Gávea e comprei Não sou uma só – Diário de uma bipolar
, o novo livro da Marina W.


Teria ficado para a noite de autógrafos, mas vim para casa por motivos técnicos. Também por motivos técnicos (cansaço), joguei-me no sofá e comecei a ler. Varei noite e madrugada, o livro realmente é muito bom! Marina usa linguagem leve para tratar de um assunto tão barra pesada, e nos leva na conversa (no bom sentido!) pelas suas aventuras entre euforia e depressão – sem soar piegas ou dramalhão em nenhum momento.

É humano demais. Mesmo quem não tem o menor interesse na doença vai se identificar. E para quem sofre, já sofreu ou conhece alguém que tem o transtorno bipolar, é também uma ótima fonte de informação, já que o livro é escrito com a consultoria de um psiquiatra especializado no assunto.


Aniversário

É muito bom fazer anos na sexta-feira, porque o fim de semana todo acaba sendo comemorativo. Assim fizemos.

Ganhei presentes e mimos, coisas lindíssimas. Na sexta, minha mãe e eu organizamos uma festinha com salgados típicos da tradição culinária familiar, ou seja: comprados prontos.

Aliás, aquele dia foi uma loucura. Duas doidas pela rua equilibrando bandejas, e eu pagando mico em tudo quanto era loja:

- Tem desconto para aniversariante grávida? (Sorisso amarelo e mão na barriga, em círculos).

Minha mãe se escondia atrás das sacolas, “não diz que eu sou tua mãe, pleeeeease”. Bem ou mal, acabei descolando um casaquinho para a Lara (free!) e um sabonete líquido numa loja de lençóis – que também nos deu 20% (!!!) de desconto nas compras. Quem comprou os lençóis foi ela, mas faz de conta que fui eu...

No sábado, foi ele quem fez um almoço que rendeu suspiros gerais da família, e eu ainda arrematei as sobras no fim de semana! Um espetáculo que nem ouso descrever aqui. Só sei que Lara vai comer muito bem nesta vida, e não será por mérito da mãe – o único prato que cozinho chama-se gororoba. Integral, claro.

Depois teve torta (surpresa, de limão, minha preferida) com velinhas e parabéns a você.

Eu estava tão feliz que, na hora de fazer o pedido, acabei fazendo um agradecimento.


Porque é bem melhor

A astróloga explicava, na tevê, para que servem as fases da lua. Não entendi muito. Alguém perguntou:

- Mas a senhora não acredita que determinadas coisas acontecem porque tinham mesmo que acontecer?

Resposta:

“Não.”

“E por quê?”

“Porque é bem melhor você saber que determinada estrada não está boa, e então desviar, do que se estrepar todo num acidente e depois dizer – foi assim porque tinha que ser.”

Bom... Que é bem melhor, é bem melhor mesmo. Só não sei se foi esse o ponto de quem fez a pergunta...

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