17 abril 2007

Reflexão

Se não víssemos as impossibilidades, será que elas existiriam?

2 meses

Fomos levá-la ao pediatra. Está ótima – cresceu e engordou um bocado, aliás, o dobro do esperado. Do pediatra, animadíssimo:

- Noooooossa! Mas esse leite é holandês, hein??!!

Sei, quis elogiar. Mas eu me sinto assim, meio... muuu.

Leite paterno?

Existe uma coisa chamada ordenha manual do leite materno. Primeira vez que ouvi falar, ainda grávida, levei um susto. Ordenhar-me? Jura? Mas, com o passar do tempo, os filhos vão crescendo (a minha já está com dois meses e quase 5kg,ainda ontem era uma garotinha!) e a gente vai perdendo as frescuras. Dia desses tomei coragem.

A mamadeira me olhava, vazia. Eu olhava de volta, cheia de leite e dúvida. Não há de ser complicado, é só mirar bem certinho e espremer daqui, nem vai doer – eu me dizia, mas não me acreditava muito.

Não vou descrever o processo, claro, mas o fato é que não tem nada de mais. Basta dizer que funciona; demora um bocado, mas dá certo.

Congelamos o meu leite – olha que moderno! – e deixamos, dias depois, a pequena e seus pertences com a vovó. Iríamos passear, e demoraríamos. Vovó daria a mamadeira.

Jantamos fora e tudo. Melhor dizendo: jantamos fora e foi tudo. Voltei correndo a tempo de amamentar sem intermediários.

Mas o papai foi mais esperto e pegou primeiro o lugar na poltrona de amamentação. Deu-lhe a mamadeira – que ela traçou em dois tempos, sem a menor dificuldade -, fez arrotar, trocou as fraldas, embrulhou na manta e pôs para dormir.

Quando dei por mim, o gol já estava mais que consumado. Esse mundo está virado mesmo. Mamãe, outrora insubstituível, dessa vez dormiu no banco.

Lipo

Saiu uma notinha no jornal sobre a tal “lipo sem dor”. Que a Xuxa e a Deborah Secco teriam feito. Hum.

E a nós, pobres mortais, cabe que tipo de providência mesmo?

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