Meu cartão de crédito estava bloqueado porque atrasei uns dias o pagamento. Paga a fatura, esperei uns dias, e liguei para a central de atendimento às 8h da manhã de ontem:
- Eu gostaria de saber se o meu cartão já está desbloqueado.
- Sim, senhora. Está pronto para as compras.
Fui a elas.
Meio-dia, estou com o carrinho do supermercado cheio, e empaco no caixa.
- Não estão aceitando o seu cartão, moça.
Fui ao balcão, de onde tentaram de novo. Nada.
Ligaram para a central, lá do supermercado, e me colocaram no telefone com uma atendente. Ela me explicou que o meu cartão estava bloqueado para compras, por conta do atraso.
Ainda calma, esclareci que tinham me dado uma informação diferente, e só por isso eu saí de casa para fazer as compras do mês.
Ela não podia fazer nada. E me passou para outra moça, que me ouviu e argumentou a mesma coisa, depois me passou para outra moça, que fez o mesmo, e depois outra, e outra... enfim, moças intermináveis, mas sempre com musiquinha no meio.
Nisso, já havia uma dúzia de gente ao meu redor - atendentes, ajudantes, clientes esperando para ouvir moças e musiquinhas, e ainda curiosos querendo saber como a caloteira aqui iria se virar, e pensando - "bem feito, pegaram!".
Para a Juliana, a última das moças, solicitei o cancelamento do meu cartão de crédito. Já que não se podia fazer nada para reparar um erro que foi deles, eu desejava cortar qualquer vínculo com a empresa.
- Mas a senhora é cliente há tantos anos...
- Por isso mesmo, Juliana, eu achei que merecesse respeito.
Foi tudo em vão.
Resultado: a Juliana quis negociar. Acabei não cancelando o cartão, mas ganhando o resto das anuidades de 2003 grátis, por conta do mal entendido.
Mas o mico que eu paguei devolvendo as compras depois de tudo, como eles próprios dizem, não tem preço.
Vou à justiça. Me aguardem.
Esperança ou a falta dela
Há 3 anos
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