Pauzinhos, né?
Fui a uma mercearia oriental - mas oriental meeeesmo -, e quase fiquei tonta com tantas coisas esquisitas e potencialmente gostosas empilhadas nas prateleiras. Gosto muito de comida japonesa. Não saco nada, mas adoro. Chamo os pauzinhos de, imagina, pauzinhos.
O problema é que eu não posso ver aqueles pacotinhos com guloseimas do tipo bolinho disso, pastelzinho daquilo: tenho logo vontade de apertar. Assobio e disfarço, finjo que estou olhando outra coisa, viro de costas e - pá! -, belisco tudinho. Um por um.
É muito bom beliscar os pacotinhos alheios, sobretudo pela surpresa da consistência (que é o maior barato da beliscada, claro). Você olhar uma coisa que tem cara de biscoito, jeito de biscoito, e apostar: é biscoito. Aí você vai e belisca. Supresa! É molenga, feito massa de modelar.
O prazer de esmagar um negócio desses é quase tão intenso quanto o de ver a marca do seu dedo ali, para a posteridade, através do filme plástico. Digitais e tudo.
Imagino que o meu polegar vá parar no microondas de alguém.
Apertei também pacotes de sopa instantânea, macarrão e sei lá mais o quê. Até porque, convenhamos, não se pode ler as instruções daquilo nem com muita boa vontade: japonês, além de comer, também escreve com pauzinhos!
Esperança ou a falta dela
Há 3 anos
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