20 dezembro 2001

"Não sou o dono do mundo, mas sou filho do Dono."

Acabei de ler essa, num adesivo grudado na bunda de um Golzinho branco. Quase morri de rir. Já conhecia, mas sabe quando te pega de jeito? Tem coisa que pega a gente de jeito, e tem coisa que não pega agora, mas vai pegar daqui a pouquinho. Loucura, isso de pensar em momentos.

Passou o meu espírito suíno. Entrei no clima. Imagine uma mensagem de Natal assim: "UM PUTA ANO PRA VC. Afinal fizemos quase tudo por merecer." Isso não dá uma música?? Tem que ser em acorde menor, pra enfatizar a melancolia do "quase".

Quase é brabo; pior que nada.

Uma balada em ré menor, é isto. Não! Já sei: uma QUASE-balada. Quer coisa que derrube mais do que uma QUASE-balada? Não chega a ser triste, a desgraçada. Tem um quezinho saltitante, lá no fundinho, sugerindo que "hope has a place in a lover's heart".

As quase-baladas sugerem. E as milongas sul-gerem (o que é ainda pior).

Feliz Natal a todos os filhos do Dono do mundo, de coração, em franco ré maior. E que 2002 seja uma nova fase - com MAIS tudo, e MENOS quase.