12 novembro 2004

Agora eu estou com internet banda larga e vocês vão ter que me engolir on line 24h por dia que beleza de vida escrever mais no blog acesso rápido linha telefônica livre e-mails pulando na minha caixa postal a cada minuto sites carregando - ploft – arquivos baixando – ploft – eu aqui lendo comentários de vocês e respondendo – ploft – corra Bíbi corra que maravilha tecnológica meus bichos sendo saciados é como se antes eu bebesse água de conta-gotas e agora estou bebendo direto do gargalo.

Assim que eu gosto.

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Falar em gargalo

O garçom do restaurante foi me servir de cerveja e inclinou o copo com o gargalo – sabe como eles fazem, né? Pra quê: eu dei um pulo e me grudei no copo com as duas mãos, tipo ‘vai cair esta merda, ô!’...

Risadas gerais. Caaalma, Bíbi!

Calma nada. Calma era no tempo do conta-gotas.
Agora é fiasco banda larga, ninguém me segura mais.

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Placa do dia

“VENDE-SE ESTE
RCO”


Perguntaram o que, afinal, era o tal RCO.
Resposta:

“RCO??? Sei disso, não. Olha, moço, nós aqui vendemos esterco...”
Tava explicado.

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Vem cá, qual é a idéia do Lulu Santos com aquele cabelo, digamos, meio crescido – para cima?
Algumas coisas me assustam um pouco.

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Meu irmão traz na mão uma cicatriz que ele jura ter sido causada por uma espécie de palito de ferro que eu teria cravado – a palavra que ele usa, imagina – ali, entre o polegar e o indicador dele. A cada encontro com alguma pessoa nova nas nossas relações, ele acha uma oportunidade e relata o feito. Como ele pensa que ocorreu, claro.

Na verdade, eu apenas arremessei o ferro em direção à mão dele – que estava parada. Então ele se distraiu, sei lá, mexeu a mão, o ferro pegou um vento e se animou, a mão de lá, o ferro de cá, o ferro indo, a mão vindo, algum fenômeno físico que não sei explicar, pronto, resumindo: o ferro entrou na pele dele e, vá lá, furou um pouco.

Mas foi a mão, poxa, não foi o olho.