10 março 2007

Primeira vez no shopping


Primeiro passeio no shopping. Colocamos o vestidinho branco que o papai comprou – lindo! lindo! – e nos armamos dos apetrechos necessários: carrinho, bebê-conforto, canguru, fraldas, chupetas, roupinha extra, pomada contra assaduras... Lá fomos nós.

Mamãe aqui estava eufórica. Adoro um shopping e fazia exatamente um mês que não pisava num. Aliás, minhas idas à rua têm sido assim: raras. Pediatra, obstetra e pediatra. Ainda estou, como diz o médico, “quase de alta”.

Então, fomos ao Shopping Leblon (amplo e tranqüilo, seguindo as recomendações do pediatra). Dormiu no percurso. Chegando lá, acordou. Resmungou. Choramingou. Estava na hora de mamar.

O tal fraldário é coisa de primeiro mundo. Tem poltrona de amamentação, trocadores e todos os equipamentos necessários, além de duas mocinhas simpáticas, vestidas de branco, sempre prontas para ajudar (confesso, tive vontade de trazer uma delas para casa, hoho). Enfim, amamentei no shopping.

A gente faz cada coisa que nunca imaginou.

Ela fez cocô e xixi, arrotou, foi trocada, resmungou mais um pouco e dormiu de novo.

Quis mostrar algumas vitrines – filha, isso se chama li-qui-da-ção e é coisa fundamental na vida de uma mulher! -, mas ela nem tchuns. Babava, indiferente. Não deixei por menos: já que não quis comprar roupas, comprei-lhe fraldas.

E assim foi o primeiro passeio: papai e mamãe completamente bobos, exibidos, apaixonados. Alguns passantes viravam o pescoço, admirados. A alegria e o orgulho nos escorriam pelas babas, que coisinha mais linda a nossa filha, como é fofa, como é rica, como é graciosa, olha o pezinho, olha a mãozinha, olha o vestidinho, olha a orelhinha...

E ela nem bola.

Quem sabe na liquidação de inverno.