25 abril 2003

Quem vai saracotear ao som da Teresa Cristina, hoje, no Carioca da Gema?

Eeeeeeeu !!!

Saudade da Lapa. Você não vem?
Meu cartão de crédito estava bloqueado porque atrasei uns dias o pagamento. Paga a fatura, esperei uns dias, e liguei para a central de atendimento às 8h da manhã de ontem:

- Eu gostaria de saber se o meu cartão já está desbloqueado.

- Sim, senhora. Está pronto para as compras.

Fui a elas.

Meio-dia, estou com o carrinho do supermercado cheio, e empaco no caixa.

- Não estão aceitando o seu cartão, moça.

Fui ao balcão, de onde tentaram de novo. Nada.

Ligaram para a central, lá do supermercado, e me colocaram no telefone com uma atendente. Ela me explicou que o meu cartão estava bloqueado para compras, por conta do atraso.

Ainda calma, esclareci que tinham me dado uma informação diferente, e só por isso eu saí de casa para fazer as compras do mês.

Ela não podia fazer nada. E me passou para outra moça, que me ouviu e argumentou a mesma coisa, depois me passou para outra moça, que fez o mesmo, e depois outra, e outra... enfim, moças intermináveis, mas sempre com musiquinha no meio.

Nisso, já havia uma dúzia de gente ao meu redor - atendentes, ajudantes, clientes esperando para ouvir moças e musiquinhas, e ainda curiosos querendo saber como a caloteira aqui iria se virar, e pensando - "bem feito, pegaram!".

Para a Juliana, a última das moças, solicitei o cancelamento do meu cartão de crédito. Já que não se podia fazer nada para reparar um erro que foi deles, eu desejava cortar qualquer vínculo com a empresa.

- Mas a senhora é cliente há tantos anos...

- Por isso mesmo, Juliana, eu achei que merecesse respeito.

Foi tudo em vão.

Resultado: a Juliana quis negociar. Acabei não cancelando o cartão, mas ganhando o resto das anuidades de 2003 grátis, por conta do mal entendido.

Mas o mico que eu paguei devolvendo as compras depois de tudo, como eles próprios dizem, não tem preço.

Vou à justiça. Me aguardem.
O empresário Roberto Medina, que agora vai fazer o Rock in Rio em Lisboa (??), disse, em entrevista para o jornal O Globo, que ainda nem pensou nos artistas que irão tocar no festival:

- Isso não é importante -, esclareceu.

Depois, ainda completou o pensamento. Afirmou que, se tivesse colocado uma vaca no palco do RiR III, em vez de shows de rock, as pessoas teriam ido do mesmo jeito. Que o negócio é a mídia.

Uma vaca.

Meu irmão, naquele estilo zen-irritado que ele tem:

- Ué, se a mãe dele não ficar constrangida com o público, acho até uma boa idéia...
O ingresso para a peça Intimidade Indecente, com Irene Ravache e Marcos Caruso, custa R$ 40,00.
Bota indecente nisso!
Jô Soares entrevistando o RPM. Paulo Ricardo dizendo que, quando a banda acabou, ficaram todos com um sentimento de arrependimento - que ficara uma coisa mal resolvida, etc.

Detalhe: quando ele virou cantor romântico, dava entrevistas dizendo que tinha "se encontrado" com aquele estilo, que jamais pensava em voltar a fazer rock, que o fim do RPM tinha ficado super bem resolvido. A praia dele era outra, enfim.

Perdi o respeito.

E, outra: realmente, ele deveria ter continuado cantando aquelas baladas românticas, porque o que se apresenta hoje como RPM é uma caricatura desgastada pelo tempo, uma reles releitura desbotada daquilo que já foi uma banda de rock original.
Quatro quarentões, visivelmente constrangidos, tentando seguir uma linha que se perdeu no tempo - e, não adianta, não volta mais.

Algo como uma crise de meia-idade no mundinho pop.

Poderiam (e poderíamos) ter dormido sem essa.
Com essa do Garotinho, fiquei até desplugada, desconexa, desnorteada.
Rosinha, não. Rosinha só deslavada.