22 agosto 2003

A velocidade das coisas


Impressionante como o meu post (abaixo) sobre a novela já datou.
Mal virei as costas, e a Paloma Duarte pegou o Expedito.
Analógica

Estou aqui, decorando umas letras do Offspring para o próximo ensaio. Aliás, estamos dando uma renovada básica no repertório, e aceito sugestões. Para quem conhece a minha voz (continua a mesma, mas o meu cabelo... idem!), meio caminho andado. Para quem não conhece, imagine que a voz da Cássia Eller é um extremo, e a da Paula Toller é outro. A minha fica mais ou menos no meio.



Novela das oito

Com aquele negócio de bala perdida e gente agonizando no hospital, parei de acompanhar a novela. Muito “Plantão Médico” para o meu gosto.

Mas, agora que a Paloma Duarte está quase pegando o Expedito, a coisa começou a ficar interessante de novo. Coitadinho do rapaz, que já tinha cara de ovelha assustada, agora, então, está a própria visão do pânico. Mas bem que gosta. Esses são os piores.

Por sua vez, dona Suzana Vieira, a cinqüentona bem resolvida da trama, com aquele narizinho empinado e o mesmo semblante há três novelas seguidas, começa a cansar minha beleza. O discurso equilibrado e didático da experiente professora Lorena é tão insosso, mas tão insosso, que até o seu pupilo de cama, mesa e banho está preferindo o olhar de peixe morto da Paloma Duarte às incansáveis lições de vida da namorada docente. E vejam que dura escolha.


Abacaxizão

Pegamos um filme chamado “Assunto de Meninas”, cuja tradução do título é até otimista. “Lost and delirious”, o verdadeiro título, diz muito mais a que vem a obra. Segundo a sinopse, o filme fala de perda e amadurecimento. Meu irmão conclui, indignado:

- Fala, mesmo, de perda. De perda de tempo!

É a história de duas meninas que têm um caso dentro de um colégio interno. Diante do preconceito e da possibilidade de rejeição pelos próprios pais, uma delas resolve abandonar a outra, e ainda arruma um namorado, para desespero da ex-namorada.

Aquela que levou um pé na bunda assume, a partir daí, uma intimidade estranha com um falcão (sim, a ave) - o que quer representar toda uma identificação simbólica, mas, com texto e execução mal resolvidos, acaba oscilando entre o ridículo e o esforçado, mas não convence.

Para quem quiser perder o seu como eu já perdi o meu, o filme estréia este fim de semana nos cinemas. (Eu vi em DVD antes, porque já está nas locadoras há mais tempo).