21 setembro 2002

PENDÊNCIAS

Para Luka: um jogo de cordas para contrabaixo (o que eu uso, marca D’Addario ou GHS – com 5 cordas, importante) custa cerca de R$ 60,00. Ou 50, talvez. Depois te mando o número da agência e conta corrente, aí você poderá ter o prazer de me presentear e depois passar o resto da vida contando aos amigos: ajudei a pobre da menina do Blog! Isso deve contar pontos lá em cima, mais tarde. Hehe, ajoelhou...

Para todos: não levem tão a sério as minhas lamentações financeiras e/ou sentimentalóides. O que eu escrevo em prosa é passível de exagero, ficção e TPM – o que, no fundo, acaba sendo tudo a mesma coisa. O que eu escrevo em verso, sim, é verdadeiro.

Mas também não vão levar a verdade a sério, que isso dá rugas e enlouquece o vivente.

Falar em insanidade mental, acho-me beirando a doidice, aqui, enquanto tento escrever, e sou impedida pelo prepotente e estapafúrdio instinto de AUTOCORREÇÃO DO WORD (sim, porque não escrevo direto no Blog, que gastaria telefone. Mas não levem a sério.) E burro, ainda por cima.

O amigo WORD quer me ensinar, a todo custo, que “não se separa, com vírgula, o sujeito e o verbo”. Coisa, aliás, que aprendi antes mesmo da menarca – menarca literária, eu digo.

Agora, vejam vocês: se eu escrevo “Hehe, ajoelhou...”, ele me sublinha, com uma cobrinha vermelha antipática, “Hehe”. Para me avisar que a “palavra” não existe. Ah, que ótimo, não existe, obrigada.

E me sublinha, com uma cobra verde, “ajoelhou” – para me advertir que, dona Bíbi, não se separa, com vírgula, o sujeito e o verbo. (Outra coisa: Bíbi também NÃO existe, e ganha cobra vermelha.)

Caríssimo WORD: se “hehe” NÃO existe, como é que o senhor entende que “hehe” seja o SUJEITO de alguma cousa?? Algo há de muito errado consigo, não acha? Ou vai ver que a doida aqui sou eu.

Essas picuinhas da informática surgiram, definitivamente, para convencer a nós, seres humanos analógicos e pensantes, que estamos cada vez mais “fora da casinha”. Que somos invasores, estranhos homenzinhos querendo penetrar num mundo perfeito – o digital, é claro.

Nunca vi coisa mais careta e burra: O WORD, desculpem o termo, cagando leis gramaticais descabidas na minha tela. Muito minha!

Mudando de assunto, hoje tem o aniversário da Carlinha (também não existe, segundo o WORDono-do-mundo) num boteco em Copa, e também tem um aniversário na Lapa, e também tem a Sigilo tocando no Ballroom. Haja perna e pila.
Estive compondo um samba, mas não publico aqui porque tenho medo de que me roubem os direitos. Não vocês, é claro, mas algum outro aventureiro virtual que, acaso, simpatize com a idéia de afanar um sambinha composto por roqueira.

Essa é demais: SAMBINHA TAMBÉM NÃO EXISTE!!!
Argh!! Pior: SAMBINHA EM CAIXA ALTA EXISTE!!! Tá liberado o SAMBINHA, mas o sambinha ainda ganha cobra vermelha.
D E S I S T O !

P.s.: Ainda para LUKA: Estive pensando. Se for sobrar algum aí, por favor, traga também: um Cappuccino Diet (Palheta, de preferência), macarrão integral, ricota fresca, bifes de hambúrguer (de peru, Sadia ou Perdigão), xampu e condicionador Dove (para cabelos tingidos), leite desnatado, ovos, iogurte (Corpus com pedaços de frutas) e molho de tomate Parmalat (tradicional). E uma caixa de Skol, que ninguém é de ferro. Obrigada.