01 novembro 2004

DVD - Cristina quer casar

Depois de hooooooooras perambulando pela locadora sem conseguir um filme decente que eu ainda não tivesse visto – e que não estivesse locado neste domingo de feriadão -, cheguei no nacional “Cristina quer casar”. Com Denise Fraga, Marco Ricca (que eu adoro) e Fábio Assunção. A expectativa era zero, confesso. Voltei para casa bufando; está bem, o calorão de hoje X minha disposição para andar a pé pelo bairro às 3h da tarde ajudaram...

Trata-se de uma comédia romântica pouco original – mulher de 34 anos quer casar e resolve procurar uma agência matrimonial, blá blá blá -, mas sabe que é bem bonitinho? Denise Fraga encarna uma Cristina do tipo poderia-ser-qualquer-uma-de-nós; cheia de contas para pagar, desempregada e boa gente. Tipo da coisa que ela faz com um pé nas costas, estamos acertados?

Marco Ricca e Fábio Assunção completam, com ela, um triângulo cheio de humor e quase sem surpresas, e assim o filme se dá: fofo e previsível, como 90% das comédias românticas que se prezem. Se querem saber, acompanhou muito bem o meu porre de Coca Light no fim de tarde do domingão pré-finados.


Churrascaria (o nome já diz, né?)

Convidei meu irmão para ir a uma churrascaria. Na fotinho da propaganda, havia um enorme buffet de comida japonesa. Não como carne. Meu interesse culinário era claramente nipônico, não escondi isso de ninguém. Nem da moça que atendeu ao telefone quando liguei, à tarde, para me certificar de que não ficaria só na saladinha:

- Tem comida japonesa, não tem?
- Tem no buffet, sim, senhora.
- E é bem variada, certo?
- É o nosso buffet, senhora. A senhora já esteve aqui, não já?

Não-já. Essas moças têm mania de “não-já”. Não, eu não-já nunca tinha ido. Se tivesse ido, não-já teria ligado para pedir informações sobre algo que eu já conhecesse. Não-já seria óbvio?? Desliguei. Bem feito pra mim.

Não só não-já era óbvio, como tive ingrata surpresa ao conferir, ao vivo e em (poucas) cores, o tal buffet japa. Sem mentira: três ou quatro bandejas, se tanto, com meia dúzia de sushizinhos murchos em cada. Só.

Fiquei com tanta raiva, mas tanta raiva, que nem a salada eu pude aproveitar direito. Murcha também, te digo. Mano se esbaldava numa carnificina contagiante, passou até mal depois. (Não foi olho gordo, juro).

Eu devia ter imaginado. Churrascaria. O nome já diz, né.


É fantástico

Reportagem no Fantástico sobre adolescentes que estão “pendurados” nas notas da escola neste fim de ano. “Especialistas orientam” (sempre eles): mais diálogo em casa. Adolescentes, por sua vez, desorientam: não estou nem aí, quero mais é fazer festa; se tomar bomba, f***-se.

Sinceridade?

Se o pirralho chega à adolescência com esse tipo – sem esse tipo? – de idéia na cachola, é bem feito para os pais.

Ou será que o Fantástico é que foi omisso nos últimos 13 anos?

Mais provável é que tenha havido overdose de Fantástico, isso sim.