23 abril 2003

Buenas, macacada!

Faz uma linda manhã de outono carioca. Hoje é dia de São Jorge, salve Jorge, estou animada e ninguém tasca. Apesar de um mosquito ter me tirado o sono à noite, a zumbir melodias enfadonhas nos meus ouvidos enquanto eu tentava puxar o ronco sagrado que me é de direito - mas não tem nada, não tem nada, nenhum inseto desafinado vai me tirar o prazer de viver, sobretudo a esta altura do campeonato, quando o verão bate as botas tão lindamente no Rio de Janeiro, levando consigo temperaturas indecentes, aglomerações quase obscenas nas praias, e turistas azarados que só vêm engordar os índices de assalto nesta cidade maravilhosa, e depois ainda saem falando mal.

Deixem-nos, a sós, com nossas belezas naturais, nossas mazelas criminais, e que tais - e retornem a suas pacatas residências européias, de rotinas triviais, de motivos florais, e quintais.

Estamos muito bem, à beira-mar mesmo, ou nem tanto, afundando um barquinho ou outro, enfrentando um trânsito de balas perdidas, enfim: vivendo e aprendendo a jogar.

Agora vou ao mundo, e que São Jorge nos proteja das maledicências e dos urubus à toa.

Hohoho.