12 julho 2006

Novela das 8h

Assisti a dois capítulos da nova novela do Manoel Carlos. Ainda gosto de ver o Rio de Janeiro nas novelas dele e achar tudo bonito, engraçado... Mesmo morando aqui há oito anos, ainda não me acostumei – de fato, é lindo demais. Ponto, parágrafo.

Tem uma atriz ali, não vou citar nomes, mas é uma que sempre faz papel de neurótica. Nesta nova novela, sabem qual é o papel dela? Bingo, neurótica. Se me chamassem para fazer sempre papéis de neurótica, sei não, mas acho que eu ia ficar meio ressabiada.

Ou será neurose minha?


Mais futebol – quem agüenta?

Tem sido um pouco difícil dormir aqui, porque uma turma permanece jogando futebol até altas horas na praça que fica em frente ao meu prédio. Melhor dizendo, em frente à janela do meu quarto (detalhe: primeiro andar). Vocês acreditam que eles só param lá pelas 2h da manhã?

Fico me virando na cama e torcendo para não sair mais um gol, que aí o barulho é insuportável. E se xingam mutuamente o tempo todo, claro.

Estou com vontade de sair na rua de chinelos e dar uma cabeçada no primeiro perna-de-pau que encontrar, por Deus do céu, e que zidane!
Estou com o Zidane e não abro!

Se for mesmo verdade que o italiano xingou a irmã dele (vejam bem: irmã!), eu dou força ao movimento, digamos, meio brusco do craque Zidane. Piadinha maldosa: quando o jogador de futebol tenta agir com a cabeça, olha aí no que dá... hoho.

Pois fez até pouco. Como irmã – única e caçula - que sou, defendo o direito que os irmãos devem ter de cabecear os estúpidos agressores da maninha alheia. Falta de compostura.

E tem mais, do meu irmão também ninguém fala. Não vou de cabeça, que meu buraco é mais em cima, mas saio ofendendo a parentada toda de volta, sem dó. Quem quer medalha de prata?

“E se alguém me desafia
e bota a mãe no meio
Dou pernada a três por quatro
e nem me despenteio.”


Aos fatos (?)

Observação do presidente Lula, hoje, quando perguntado se a violência em São Paulo não poderia virar questão eleitoral:

“O dado concreto é que os fatos estão existindo. Os bandidos não estão preocupados se vai ou não vai ter eleição. Os bandidos estão aterrorizando São Paulo, e nós temos que tomar atitudes.”

Bom, se o dado concreto é que os fatos estão existindo, o que seria do dado abstrato em relação aos fatos enquanto existentes, ou mesmo inexistentes, do ponto de vista concreto, já que os dedos estão exigindo, e os dados confirmam que os credos, abstratos, de fatos secretos já estão fartos...?

De que estávamos mesmo falando?

Ô, tristeza. Alguma coisa acontece no meu (no nosso!) coração...