23 setembro 2002

Ah, não me levem a sério!! (De novo)

A reclamação é coisa do ofício, a rabugice é o tempero do texto. Minha ironia não seria a mesma se não houvesse a insatisfação constante, percebem? Se estivesse confortável com o mundo real, não escreveria um ovo. Qual graça?
Claro que eu amo de paixão – como todos vocês – o porco elétrico! Claro que sou amiga do Word; ele me livra das piores gafes, assim como a vocês também! No entanto, se eu não meter o dedo no focinho do porco, se não espinafrar o Word, o Windows, a uva-passa, os amplificadores Peavey e o que mais houver para ser espinafrado neste mundo, não há sentido em fazer meus escritos.
Não é rabugice aleatória, não. Há fundamento, mas pouco além disso.
Eu chutei, com minhas botas desastradas, o fio que levava meu texto ao porco. E perdi tudo. Em vez de me atirar pela janela ou fazer uma poesia melosa e cabisbaixa, espremo o limão e faço um texto ácido e auto-irônico xingando o porco.
Garanto que vocês não suportariam nem duas linhas de mim, não fosse a vitamina C.
E ainda espirrariam no meu Blog.

Eu, hein!?

Beijos, beijos e obrigada!