25 maio 2006

Baby


Ela chega para mim (via Orkut, mora no Pantanal) e diz, na maior:

“Tô grávida. Acredita?”

Meu Deus, como assim?? Alguém tem que avisar essa criança que a mãe dela tem OITO ANOS!

Pois ainda outro dia estávamos jogando água uma na outra, fazendo guerrinha de canecas, cantando no coral do colégio, viajando pelo interiorzão para os encontros de corais, torneios de basquete...

Como assim, grávida? Temo noção?

“Passa aqui em dezembro para ver as fotos do baby”.

Assim, na maior intimidade com o assunto. Virou mãe cibernética em dois cliques. Pode?

Esse negócio de morar no Pantanal é mesmo só para gente porreta.

:o)
São João

Ontem, vimos pinhão pela primeira vez no ano. E não é que já estamos quase em junho mesmo?

Com esse negócio de Copa e eleições, coitadinho do São João ficou até para escanteio!


Santa Rita

Falar nisso, dia 22 foi o dia de Santa Rita: a das causas impossíveis. Com esse negócio de Copa e eleições, talvez fosse bom... xá pra lá.


São Pedro

Dizem que o pior já passou. Foi embora a frente fria que encharcou o Rio de Janeiro, e agora vamos enfrentar, segundo a meteorologia do jornal, apenas “frio extremo”.

As mínimas anunciadas beiram 13 graus. As máximas irão a 30 no final de semana. “É possível que dê praia”, ainda dizem.

Hã. E cadê o frio extremo???


Santa Paciência

Meu pai recém tinha comprado o ar condicionado, e ambos não se entendiam muito bem, de modo que ele foi recorrer ao suporte, digo, atendimento ao consumidor.

- Um minutinho, senhor, que estaremos transferindo a ligação para o setor...

Blá, blá, blá, musiquinha de meditação, enfim, o ritual conhecido. Meu pai mofava do outro lado da linha, arrependido e acalorado.

Enfim, conseguiu falar com uma atendente especializada - portadora de gerundismo crônico, claro. Explicou a ela o problema. O ar não gelava.

- Não o quê, senhor?
- Não gela. Não refresca. Não refrigera!!

Ela deu meia-dúzia de sugestões óbvias, que ele já tinha tentado, e não era nada daquilo. O ar simplesmente não gelava. Quando acabaram as alternativas cadastradas (decerto, nas “perguntas mais freqüentes” do seu computador), a moça se desvencilhou de formalidades e atacou de improviso:

- Desculpe... o senhor é de onde?
- Do RS, por quê?
- Ah, logo identifiquei o sotaque. He he... O senhor não me leve a mal, mas, sabe como é... He he... O seu ar condicionado é de 8.500 BTUs, está bem, mas aquele friozinho do Rio Grande ele não vai dar não, viu?

!!!