07 setembro 2002

Tá bom, vou abrir um buraco nas minhas choradeiras eleitorais e falar um pouco de outras coisinhas.
Mas eu VOLTO, hein?
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Estive comentando hoje com meu irmão que está na hora de eu fazer um TÁ, mas ele não entendeu do que se tratava, então eu suponho que vocês também não entenderiam, de modo que já explico: "fazer TÁ" é ir até aquelas moças que enfiam cera morna no seu bigode (elas dizem buço) e depois... TÁ!!! - elas puxam tudo bem rapidinho, e a dor dura o tempo de um TÁ.

Preciso fazer TÁ no queixo e no bigode. Tipo da coisa que eu não entendo, mas faço porque a minha mãe ensinou que é preciso. O pior é que, neste mundo, nem o TÁ é de graça. Pode?

O Rio de Janeiro veio abaixo com a ventania da madrugada de ontem. "Ninguém merece", como dizem os cariocas e os gaúchos que saem repetindo expressões engraçadas.

Graças a Deus, eu já tinha chegado da Lapa quando começou a folia. Vocês viram que bombas de um posto de gasolina foram literalmente ARRANCADAS com o vento?

Quem saía na rua, hoje, via destroços. Fui até a Tijuca e voltei, apavorada. Demos com uma árvore no meio da pista, tivemos que desviar para não engolir galho com cacos de vidro. Ninguém merece.

É, o fim se aproxima.

Mas não quero falar do apocalipse, porque li a Época desta semana e concluí que o apocalipse foi capitalizado até não poder mais (grande novidade). Os livros mais vendidos tratam do fim do mundo, os fiéis gastam horrores, enfim, todo mundo anda lucrando em cima do dia "D", e não sou eu que vou querer audiência no BiBlog apelando para o juízo final.

Mas, que o fim se aproxima, isso é certo.

Pelo menos a gente não vai mais precisar fazer TÁ.