28 julho 2002

Oi, fofos

Que domingão bem cinzento e preguiçoso... delícia! Friozão no Rio de
Janeiro. Liguei hoje para a minha mãe, lá no RS, dizendo que aqui está
um frio de rachar, pois estou de short e moletom. Sim, manga comprida
é Rio de Janeiro quase glacial!

Por falar em glacial, mas nada a ver com o assunto: alguém me
convide para uma roda de violão, uma canja num boteco, uma jam
session, ou para gravar um jingle, ou mesmo para fazer a locução do
carro da pamonha. Tou dentro. Precisando descongelar.

Aliás, estão todos aqui dizendo que eu voltei do sul muito branca.
Inclusive quem nunca me viu antes. Sinal que devo estar ofuscante;
podem me chamar de Gasparzinha, se quiserem. Mas vou pegar a cor
do verão, mesmo que seja no meio do inverno... ah, vou!

(Já sei, já sei, cuidado com as ondas do mar... não levo o Nei Lisboa
para a praia nunca mais. Dá azar.)

Gente, sonhei com o Wando!! Nem lhes conto. Imaginem uma reunião
no pátio de uma casa úmida e escura: eu, o Wando, o Roberto Frejat, o
Renato Borghetti e mais alguns exemplares da raça musical - que não
me recordo agora.

Era um balaio de gatos. Tinha de tudo. O Wando recém lançara um
disco, o Frejat fazia planos para a carreira solo, o Borghettinho só
olhava por debaixo do chapéu, meio alheio a tudo. Eu, das mais
participativas, conversava com todo mundo, comentando sobre os mais
variados assuntos - inclusive sobre música.

Quem mais me dava trela era mesmo o Frejat, dizendo inclusive que
estava curioso para ouvir o disco da Ana Lógica, que eu acidentalmente
havia me esquecido na outra bolsa. (Desde que comprei uma segunda
bolsa, minha dor de cabeça tem sido esquecer metade das coisas na
bolsa que deixei em casa.)

Pelo que eu me lembre, o Wando cantava "você é luz", e eu, branca
desse jeito, já achei que era gozação pro meu lado. Não quis levar
desaforo para casa, mas também não quis mexer em vespeiro, de
modo que me comportei e até arrisquei um vocalzinho amigável no tão
louca me beija na boca me ama no chão.

Ossos do ofício, minha gente.