28 dezembro 2005

Vinícius


Fui ver o filme sobre o Vinícius de Moraes. Bons momentos, ótimas músicas, depoimentos impagáveis (meus derramados destaques para Chico Buarque e Ferreira Gullar, dois galãs!).

Sobre os momentos-de-poesia, prefiro mil vezes a Bethânia lendo os versos – e se engasgando com o próprio nó na garganta – aos atores (no caso, Camila Morgado e Ricardo Blat) declamando e tentando, a todo custo, dar nó na garganta dos outros. Na minha, não rolou.

No mais, alguns elementos que eu não entendi por que estavam ali, e outros que não entendi por que não estavam. Mas isso sempre tem.

Acho que vale o precinho.


Filosofia de vida corporativa(sorry, não sei o autor)

“Se você está trabalhando e sorrindo, é porque já descobriu em quem colocar a culpa”.

27 dezembro 2005

Planos, planos

Ah, estou mergulhada em planos. 2006 vai ser o ano, não vai?


Contagem regressiva

Faltam 5 dias para o ano novo. Eu vou passar aqui mesmo, pelas vizinhanças.
E vocês?

24 dezembro 2005

E o peru, onde vai?


Não responda. Ninguém sabe. O peru é uma coisa fadada a encalhar na ceia, a verdade é dura: ninguém gosta de peru. Por quê? Ele é duro, ué.

Nunca vi bicho para morrer seco e duro como o peru. Mas é tradicional, Natal tem que ter peru, para... enfeitar a mesa. Ninguém come. É assim porque é assado, acabou-se.

Na minha família, todo mundo começa a discutir o cardápio do Natal uma semana antes, só porque não tem outro jeito.

- Alguma coisa a gente tem que fazer, né – alguém comenta, coçando o queixo, como quem diz que é inevitável.

- É... coisinha simples. Só para não passar em branco.

Cada um sugere uma bobagem, podia ser algo diferente esse ano, uns belisquetes, uma mesa bem colorida (a gente come é com os olhos, não é mesmo?), o importante é estarmos juntos, hoje em dia vendem tanta coisa pronta...

- E o peru?

Silêncio.

- Tem que ter peru. Senão não é Natal.

Sempre tem uma voz que pronuncia a sentença, trazendo à tona o peru que todo mundo fingia esquecer. Mas, como é Natal, não pega bem recriminar o chato que se lembrou – e nos lembrou! – do triste bicho seco.

- Poxa, gente. Senão não é Natal.

Ai, todo chato redunda. Que venha o peru, pois.

Acaba entrando como astro da noite, mas não tem saída alguma. Encalha. Os chamados “acompanhamentos” vão sendo bicados, aos poucos, pelos comensais que fazem a típica cara de “vou começar por aqui”, e terminam também por ali. O peru vai ficando.

O máximo que vi levarem foi uma perna - e o peru perneta, no final da noite, é ainda mais patético.

Secretamente, todos culpam o sem-mãe que tocou no assunto do peru. Boa oportunidade de ficar quieto. Engolisse o peru, guardasse para si! Na certa é quem mais está se entupindo de salpicão, e ainda vai roubar a rodela de abacaxi que eu vi primeiro...

Mas ninguém fala nada, porque é Natal. A ceia some e o peru persiste, intacto, vitorioso. Ano que vem ele aparece de novo, como se nem tivesse pego vento, só para confirmar que é Natal.

Tenho para mim que é sempre o mesmo bicho.

FELIZ NATAL!

21 dezembro 2005

De volta

Fui conhecer Madrid e Paris, e cheguei no Brasil hoje! estou cheia de coisas legais para contar, mas também com muito trabalho e uma pá de burocracia acumulada.

Fora o con-fuso horário no cuco (e na cuca).

Beijos tontos, volto já.

03 dezembro 2005

Viventes, acordantes e dormentes,

estou saindo de viagem e só volto no final de dezembro. Se conseguir meios, prometo vir aqui revelar os fins.

Beijos graúdos desta fujona,

Bíbi Da Pieve
Mofei no shopping

Aqui chove aos cântaros. E, quando chove, a cidade literalmente empaca.

Pois empacada fiquei eu, esperando um táxi no shopping do fim do mundo, exatamente UMA HORA. Isso que tinha pedido por telefone!

Além de mim, uma família de mulheres estabanadas e esparramadas aguardava a sorte de um carro amarelo. Que divertido.

Quando, enfim, tive o privilégio de embarcar no táxi, mais surpresinha: no meio do caminho, o pára-brisa do carro virou “do avesso” (não sei como aconteceu, mas aconteceu!), e deu uma porrada no vidro – que me deixou grudada no capô, de susto.

O motorista – cheio de “hehe” – parou num posto e arrancou o aparelho, praticamente com as unhas (“hehe, desculpe senhora”). Fomos embora com o pára-brisa metade limpo, metade molhado. E todo arranhado (“hehe, isso acontece”).

Tá bom pra você?

Se ele palitasse os dentes com aquele ferro eu não levantaria nem meia sobrancelha de surpresa. Vivendo e aprendendo.