04 outubro 2008

A título de bundas entre parênteses

Um anúncio na revista de domingo oferecia mil maravilhas estéticas, dessas que a gente vive com vontade de fazer, mas cadê “tempo”? Sou péssima para guardar esses nomes - plastias, bio isso, bio aquilo, dermocoisas e coisodermos - que, por si só, já espetam a gente e dão choquezinhos. Mas o fato é que, lá pelas tantas, deparei com a seguinte oferta:

Não-sei-o-que dos glúteos (bumbum).

O bumbum vinha entre parênteses, depois dos glúteos. A essa altura do campeonato, existe alguém que realmente não saiba onde ficam os (seus próprios) glúteos? Pode errar um pouco na mira, está certo, já que os glúteos andam – invariavelmente, para baixo. Mas saber, sabe.

Outra coisa, você conhece o Fio Búlgaro? Pesquisei a respeito: “É um excelente tratamento para levantar o glúteo caído (triste), pois reposiciona o mesmo”.

Achei interessantíssima a abordagem psicológica do caso. O glúteo caído não está sedentário, velho, largado às traças: está triste, oras. Aliás, entre parênteses (triste), outra vez! Estou começando a achar que esse pessoal da estética costuma dizer umas verdades entre parênteses.

Só fiquei com uma dúvida, na parte “pois reposiciona o mesmo” – quem seria o mesmo, mesmo? Acho que eles quiseram enfatizar que o glúteo a ser levantado será o mesmo de quem se submeteu ao tratamento, e não outro. De suma importância. Imagine você pagar pelo tratamento e acabar consertando bumbum alheio. (Prejuízo).

Queridos, vou trabalhar antes que escreva mais trivialidades (besteiras).