31 março 2006

Lei de Murphy

"Há dois tipos de esparadrapo: o que não gruda e o que não sai."

Hoho.


Agora essa

A tal modelo Naomi Campbell, arroz-de-festa aqui no Brasil, deu porradas (usando um aparelho de telefone) na sua empregada, em Nova York, e poderá pegar até sete anos de prisão. Consta que, há seis anos, Naomi já tinha utilizado a mesma arma (o telefone) para dar na cabeça de uma secretária.

E, para completar o mico do dia: a fofa da maneca não aparece nas fotos com um boné escrito BRASIL??

Como se não fôssemos suficientemente bons em produzir nossos próprios fiascos... Carecia de ajuda externa, não.

30 março 2006

Túnel do tempo

Este blog está entrando na puberdade. Cinco anos, para um blog (ou para um dog?) é post para dedéu!

Meu blog e eu temos latido muito. Para não dizer que ladramos – mas não mordemos -, confira aqui trechos de marços passados:


MARÇO/2003


Buenas, macacada! Cá estou de volta, medicada, recuperada, equilibrada, equalizada, normalizada, mixada e masterizada. Perdoem meu vocabulário fonográfico; é que me sinto, uma vez recauchutada, mais próxima aos prazeres (musicais) da vida.

Por outro lado – o de cima? -, chove que Deus manda aqui na cidade maravilhosa. Falta muito pouco para que a pracinha aqui em frente se transforme num modesto parque aquático, coisa que me daria muito gosto, aliás, pois há tempo venho medindo o tamanho daqueles balanços com minha utilíssima capacidade de abstração espacial, e, não raro, chego à mesma enfadonha – porém honesta - conclusão de sempre: ou diminuo a bunda, ou alguém aumenta o balanço. Caso contrário, minha possibilidade de lazer se mantém zerada.

E não é justo, pois pago os impostos.

***

OLHA O PASSARINHO

Hoje eu vi um passarinho que era o passarinho mais lindo do mundo. E não era verde.
Era um bichinho pequeno, talvez pouco maior que um beija-flor - não que eu entenda de pássaros, mas imagino. Branco e preto, design perfeito, bico delicado, asinhas apressadas, vôo preciso, pouso certeiro. Uma poesia de ave, eu diria. Com métrica e tudo.

Eu vinha andando pela rua, entretida com cálculos mentais de vencimentos, juros e dívidas, quando aquela preciosidade cruzou meu caminho. E estacionou sua beleza incalculável numa folha comprida que se deitava pela calçada.

“Olha o passarinho” – pensei, mudando de assunto com meus botões financeiros. “Olha o passarinho”, repeti a eles.

Minha testa finalmente soltou um pouquinho a ruga do meio, mas nem durou muito. Logo aquele versinho alado alçou vôo rumo a outra endividada qualquer, decerto para lhe dar o mesmo recado que deu a mim.
Que a beleza existe para quem está disposto a dispensar, por uns segundos, os seus próprios botões e umbigos.

***

SONHAR COM O CAVALO

Noite dessas eu sonhei que tinha um cavalo. Fiquei pensando.
Sonhar com o cavalo.
Seria porque cansei de sonhar com o príncipe?
Espaço

Cheguei em casa bem a tempo de ver o foguete subir. Deu frrrrrriio na barriga!


Tempo

- Tô velha.
- Quê?
- Tô velha. Não tem mais jeito. Hoje eu percebi.
- E por quê?
- Já estão me chamando de senhora até pelo telefone!


Vistoria

Uma amiga foi à academia (primeiro dia). Voltou, é claro, arrasada.

- Aquela vistoria que fazem na gente é um afronto!!

- É avaliação...

- Avaliação??? Só se for em você. Em mim, ninguém fez avaliação nenhuma. Fizeram inspeção. Vistoria. Acharam defeito em tudo! Cheguei lá ótima. Saí 15 anos mais velha, com dores nas costas e um diagnóstico de sair procurando rampinha para ver se vou poder passar com a cadeira de rodas - que não tarda, isso é certo.

- O que foi que a mulher disse, afinal?

- Mulher? Que mulher? Aquela muralha de piercing no umbigo? Vem cá, que barriga era aquela? Quem é o arquiteto que aprova um projeto daqueles?

- Se você malhar como ela, é capaz de ficar igual...

- Deus me livre e guarde! Lá eu não volto. Depois da vistoria, nem pensar. E o pior de tudo é a falta de sigilo. Pois aquela muralha loira não se vira e diz, em alto e bom som, o relato completo da minha situação? Assim, para quem quisesse ouvir:

VOCÊ TEM OS OMBROS UM POUCO CURVADOS PARA FRENTE. ALÉM DISSO, O ESQUERDO ESTÁ UM POUCO MAIS ALTO QUE O DIREITO (e fazia os gestos, como um fantoche desengonçado). TEM UMA LORDOSE ACENTUADA, ESCOLIOSE LEVE, E OS JOELHOS SÃO VIRADOS PARA DENTRO (gesto! gesto!), O QUE FAZ COM QUE AS PERNAS ESTEJAM UM POUCO TORTAS (gesto!!!), PREJUDICANDO A PISADA E COMPROMETENDO A ESTRUTURA.

MAS, NO TODO, ESTÁ MUITO BEM.

- Ok. Só tenho uma perguntinha: QUEM É O TODO, Ô ¨&#!@$%!???!!!!!

24 março 2006

Passa ou não passa?


A rua era estreita. Está bem, nem tanto. Meio estreita. Estreitinha, vai. Eu vinha dirigindo, tranqüila, quando encontrei dois carros estacionados: um de cada lado da rua.

Quem disse que eu passava?

Fiquei ali, parada. Mirei bem, concluí que não dava. Vou arranhar um deles - no mínimo. E o meu. Não dava mesmo. Gente estúpida, estacionar em lugar proibido! Tomara que não apareça ninguém atrás de mim.

“BIIIP BIIIIIIIIIIP!!!”

Foi só pensar, que apareceu um sem-mãe querendo passar. E outro atrás dele. E outro. Eu, empacada.

“BIIIIP! BIIIIP! BIIIIIIP!”

Era uma orquestra, maestro! Regida pela minha placa traseira, imóvel, bem no meio da rua. Cristo! O que eu faço agora???

Dei uma avançadinha, e suspendi o coro. Ficaram todos em silêncio, de repente. Rufaram os tambores. Calculei o carro que sairia mais barato estragar, e me arrastei na direção dele. É nesse que eu vou. Se der m*, descasco o Gol. Raspo na trave!

Nessa altura, nenhum pedestre gentil aparecia para me dar uma força. Engraçado como os pedestres se escondem justo na hora em que mais precisamos deles. Rezei por um flanelinha. Nada.

Azar do goleiro – pensei -, vou me enfiar aqui de qualquer meio jeito. Se não houver meio jeito, um quarto de jeito já me serve. Importante é passar. Tem que passar. Tem que passar. Tem que pass...

- Eeeeeei, dona!!!

Benzadeus! Um porteiro saía da toca.

- Seu Geraldo vai puxar o Gol agorinha. Aí não passa, não!

Rá. Eu disse que não passava.

23 março 2006

Rio

Esclarecendo: tô em Buenos Aires, não. Estou no Rio mesmo. E faz calor.
:o)

As fotos que estão aí embaixo foram tiradas há um ano, quando estive lá. Não são ótimas?
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Conta outra

Então a Caixa Econômica poderia descobrir em poucos minutos quem foi o autor da quebra de sigilo do caseiro Francenildo, mas pediu à CPI o arrastado prazo de 15 dias? Hum.

Engraçado como o jornal vem recheado de novidades que já estamos carecas de saber.

22 março 2006

Buenos Aires








21 março 2006

Tem escolha?

Eu tomava meu tradicional cafezinho, depois de ter feito as compras no supermercado, quando ouvi a seguinte pérola de um homem na fila do caixa:

- Não posso viver sem carro. Sem carro não dá. Me deixe sem mulher, mas não me deixe sem carro!

Olhei bem para a carinha dele...
Teria mesmo escolha?


Arrependidos

Comprou uma coisa e se arrependeu? Ficou p*** com os serviços prestados a você, cliente, que supostamente precisaria ser atendido – e não ficar ouvindo musiquinhas e gerúndios intermináveis?

Reclame aqui.


PS: Só não vale pôr o cônjuge. Em caso de casamento que azeda, todos sabem, a reclamação é direto com o Papa.


Ligeiramente virgem

Não é meio estranho um filme se intitular “Meu primeiro amor 2”???
Como dizia meu saudoso tio-avô: algos há...
E sempre havia mesmo.


Piadinha muito boa

An american said:
"We have George Bush, Stevie Wonder, Bob Hope, and Johnny Cash."

A Brazilian said:
"We have Lula da Silva, no wonder, no hope, and no cash."

17 março 2006

Delivery de Deus



Só vendo para crer.

O maluco aí da foto está, pela terceira sexta-feira consecutiva, plantado na pracinha que tem aqui em frente. Ele chega, abre o porta-malas do carrão, saca um microfone e começa a falar de Deus. Claro, com fundo musical adequado (?).

Diz que não pertence a nenhuma igreja, mas que veio “trazer Deus”.

Era o que nos faltava, ou não era? Tele-entrega de Deus. Resta saber quem foi o engraçadinho que fez o pedido.

Mas, falando sério. Essas pessoas que falam em nome de Deus só contribuem para a desmoralização do Cara. Aliás, eu já resolvi: não me dirijo mais a elas. Não é preconceito, não. É uma questão de gentileza. Se elas vivem falando com Deus, que Deus isso, Deus aquilo (uma intimidade!!), não sou eu quem vai interromper a conversa.

Todas as sextas-feiras, agora, sou obrigada a almoçar com uma barulhenta pregação nos meus ouvidos, porque um ambulante de Deus resolveu fazer a feira na minha praça.

Sei não, mas acho que Jesus deve estar indignado: estão pirateando a Palavra.

16 março 2006

Gaúcha

Sábado vai fazer oito anos que eu moro no Rio.

Quando dizem "ah, mas então você já está carioca!" - claro, fico furiosa. Adoro os cariocas (cariocas são alegres, cariocas são atentos, cariocas são tão sexys), mas sou e sempre serei gaúcha de nascimento e coração.

Não se preocupe, não vou engatar agora um discurso tradicionalista, tchê! Hoho.

Mas uma coisa é verdade: quando ouço alguma palavra que termina em "sul" (nome de empresa, condomínio, companhia, o raio que for), dou um suspiro satisfeito e já me sinto em casa.

Deus queira que eu não tenha um filho tão cedo. Pobrezinho ia sofrer com os apelidos.

15 março 2006

Sites confusos


Francamente: a internet já não está meio crescidinha para ficar brincando de Onde Está o Wally???

Sites confusos deveriam ir para o diabo que os carregasse – lá, sim, desfrutariam da eternidade que merecem, porque nem mesmo o diabo se encarregaria de carregá-los por completo, acredito. Ficariam, ad eternum:

“Carregando...”
“Carregando...”
“Carregando...”

Muito bem feito. Não se faz isso com o vivente apressado que precisa dar (informação) de comer ao seu afoito mouse. Esconder, camuflar, enfiar nas entrelinhas virtuais o que era para ser destaque real. Bolinhas coloridas. Lantejoulas, musiquinhas, POP UPS!

Ditado velho que acaba de ganhar upgrade: não faça na web aquilo que você não gostaria que fizessem com você na vida real!

Imagine a cena. Você pede uma torta de maçã de sobremesa. O garçom vem, todo sorridente, e põe uma bacia cheia de farinha na sua mesa.

- Cadê a minha torta de maçã??
- Caaaalma! Primeiro, vou cantar uma musiquinha!

Aí ele demora, porque está carregando a musiquinha na cabeça. E começa a cantar.

- Trá-lá-lá...
- Garçom! Ei! Eu só queria uma torta de maçã!
- Trá-lá-lá...

Engasga. Você pensa que ele travou. Mas ele continua.

- Trá-lá-lá...
- Acabou?
- Sim! Agradecemos pela sua visita!
- Tá, e a torta?
- Está vendo essa bacia de farinha na sua frente? He he! Você vai ter de achar a maçã com a boca!!
- Tá doido???
- Não sem antes, é claro, preencher o cadastro, responder à nossa enquete da semana, indicar o restaurante a um amigo...

É de matar, né?
Eleições


Eu ainda não acreditei que o PSDB desistiu do Serra (aliás, o inverso!) para colocar Geraldo Alckmin no páreo contra Lula. Choquei.

Pode ter sido instinto de autopreservação de Serra - alguns dizem -, ou esperteza mesmo (perder São Paulo e ficar chupando o dedo no caso de dar Lula II?). A Alckmin, ninguém pode dizer que faltou persistência.

Muito bem, o PSDB chega a um consenso, ainda que não se saiba exatamente até que ponto vai haver coesão dentro do partido em relação à própria candidatura de Alckmin.

Eu acho é uma coisa: perigosos esses jogos tucanos, muito perigosos. Pense comigo. Até outubro, muita água pode rolar. E se estourar mais uma bomba desmoralizante no PT? E se, dessa vez, Lula sair chamuscado?

Povo vai cair de boca no primeiro salvacionista que pintar. Deus nos livre de uma zebra, sobretudo daquela que fala em Seu nome.

--

Obs.: Não tenho partido político. Não sou tucana, não sou lulista, muito antes pelo contrário. Só estou de olho.

14 março 2006

Vamos fazer...


- Vamos fazer um blog? No caderno de economia do Globo diz que um cara ficou milionário nos EUA!
- Eu já tenho um blog. Vai fazer cinco anos.
- Hum... Então, já sei!
- Sabe??
- Sei. Vamos fazer outra coisa.
- Isso.

13 março 2006

Kramer X Kramer - lembra?


Passei a semana enfiada na web (com todo o respeito), pesquisando e fazendo um trabalho no clima "what's new?". Bom. No domingão, assisti ao filme "Kramer X Kramer", de 1979. Que, aliás, eu nunca tinha visto - apesar de saber que era um filmão imperdível, ganhou 5 Oscars, Dustin Hoffman, Meryl Streep, sem maiores comentários.

Filmaço.

A história eu resumo assim: pai (D. Hoffman) se vê obrigado a cuidar sozinho do filho de 7 anos, de uma hora para outra. Muda a vida e encara a briga.

A história não tem nada de excepcional - embora o assunto tenha dado pano para manga naquela época, conforme comentam os próprios atores nos extras do DVD -, mas as atuações são comoventes, brilhantes. O texto tem momentos ótimos, o filme é realmente bonito.


Mil e uma folhas


Chegamos, por acaso, à patisserie Kurt no Leblon. Das melhores do Rio - dizem as gulosas más línguas. Eu não conhecia, aliás, não conheço lojas de doces: julgo anti-ético. Pronto, soy contra.

Mas, assim, levada pela mão... a gente sofre, mas vai, né?

Logo na entrada, já não se tem muita saída. O lugar é pequeno, as mesas são pequenas e poucas, as vendedoras são baixinhas e sorriem curto... Não se escapa dos doces.

Decidimos dividir uma mil-folhas - 500 para cada um! -, e também a culpa. É muito bom ter alguém com quem dividir as 500 culpas.

"A gente nem exagerou, né?"

"É... foi bom, porque a gente comeu pouquinho..."

"Isso, isso... Assim que se faz, né?"

"É... Assim que se faz!"

Quando já estávamos quase auto-perdoados, um afagando a meia culpa do outro, saímos pela porta e demos de cara com uma academia ENORME do outro lado da rua. Moças malhavam. Homens suavam. Corriam. Bufavam. Emagreciam. Secavam.

Malditos desfolhados.

11 março 2006

Versos versus...

Não sei por que motivo os cantores (e as cantoras), cada vez mais, insistem em cantar coisas como “nou nou nou”, “tchu-ru-ru”, “néu réu réu” – e equivalentes. Tsc!, com tanta poesia bonita disponível...
Se beber...


Houve um acidente feio aqui no Recreio, dias atrás. Contam que o motorista ouviu atentamente as informações sobre o caminho de saída da praia – “na primeira ponte de madeira, vire à esquerda”. Só que, antes da ponte referida, havia uma para pedestres – também de madeira.

E ele foi nela.

Consta que estava alcoolizado. Pelo amor de Deus: se beber, não dirija.


Tempo

Quem, porventura, estiver ocioso: me empresta um ttttttempo aê?
Motivo: trabalho.

(Para namorar eu uso o meu mesmo, tá? Tô terceirizando o bofe, não. Xô!!)

07 março 2006

Se ele fosse eu (mas não é)


“Fui assistir a uma comédia recomendada por um blog aí, mas, francamente... tssss!”.

Francamente e tsssss significam que meu irmão não gostou, mas não gostou mesmo do filme do Daniel Filho – “Se eu fosse você” –, que eu recomendei aqui. Bom, acontece. Sempre. Sobretudo com gente que saiu da mesma barriga, hoho.


Oscar

Por falar nisso, assisti à cerimônia do Oscar, e achei tudo muito sem graça. Agora, você também reparou que as mulheres estão usando aqueles decotes(ões) com o colo nu? Digo, sem colar?

Dessa moda eu gostei muito. Valoriza o colo. Privilegia a forma feminina. E evita assalto. (Digo: se eu quisesse andar por aí com um colar su-pim-pa-mes-mo, teria de assaltar alguém.) Melhor assim.


Rapidinha


“Vou escrever rapidinho, que estou correndo”.

“Fala rápido, que estou no trânsito”.

“Ligeiro, que meu chefe tá chegando...”

Cá pra nós: a única coisa que vamos conseguir com essa correria desenfrada é criar uma sociedade absolutamente ruim de cama.