13 junho 2004

No ICQ

- E o teu blog, menina! Que loucura, hein?
- Loucura?
- Sim! Tem que aparecer mais por lá, ou vai haver uma revolução...
- Revolução??? Mas eu fiquei só DEZ DIAS sem postar! Dez dias!

-(ela, profunda): "Onde dois ou mais estão reunidos em teu nome... lá TU TENS QUE ESTAR!” Já dizia... sei lá, Jesus.

Hoho. Tão tá, né.

Mais tarde, no telefone

- (ela, se despedindo): Então tá, né. Te cuida. E te anima! Pô, é São João!

- É mesmo! Ah! E hoje é Santo Antônio... dia 13, n'é não??

- (Ela, puta): Ah, eu sei lá! Aí já é muito santo pra mim!


É. Quando a esmola é demais...
Ilusões

Quando não se precisa de aperto de mão
- é quando as mãos estão mais próximas.
Quando dispensamos tudo aquilo que se usa dizer antes, dizendo só o mínimo
– é quando dizemos mais.
Quando não fazemos jogo algum
– é quando marcamos os melhores pontos.
Quando nos soltamos sem medo da queda
– é quando voamos mais alto.
Quando nos distraímos dos cálculos
– é quando somamos mais.
Quando nos livramos de nossa própria culpa
- é quando somos desculpados.
Quando temos a intenção de dar um abraço
- é quando ele já foi dado.
Quando questionamos se algo tem graça
- é quando a graça já foi embora.
Quando ponderamos sobre alguma emoção
- é quando ela não é mais emoção.

E, por fim: enquanto pensamos no café da manhã seguinte –
é quando o presente nos é dado, agora, de bandeja.
Duas e meia da madruga

Acabei de ler O ponto cego - Lya Luft, 1999.

Quem é que lê Lya Luft e consegue manter o pensamento quieto logo em seguida?

Vim dar uma relaxada, uma digitada, uma blogada básica.
Sossegar os miolos.
Tenham um bom despertar, queridos. Fui.