30 abril 2005

Quando a gente pensa que já viu de tudo...


Olha essa. Deu hoje no Globo:

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os “preconceitos nossos de cada dia”, a Secretaria especial dos Direitos Humanos elaborou e está distribuindo a cartilha “Politicamente correto”. A publicação reúne 96 palavras, expressões e piadas consideradas pejorativas e que revelam discriminações contra pessoas ou grupos sociais, como negros, mulheres, homossexuais, religiosos, pessoas portadoras de deficiência e prostitutas.

E por aí vai. Mais adiante, a matéria apresenta uma série de expressões “condenadas” pela tal cartilha. Selecionei algumas, e ia comentar cada uma delas, mas acho que as “explicações” falam por si próprias. Veja:


A COISA FICOU PRETA: forte conotação racista contra os negros, pois associa o preto a uma situação ruim.

BAITOLA: utilizada para depreciar os homossexuais, assim como bicha e boiola. Sugeridos como corretos: gay e entendido (a).

FARINHA DO MESMO SACO: junto com expressões como todo político é ladrão, todo jornalista é mentiroso, os muçulmanos são terroristas, ilustra a falsidade e leviandade das generalizações apressadas, base de todos os preconceitos. O fato de haver políticos corruptos, jornalistas imprecisos e muçulmanos extremistas não significa que a totalidade desses segmentos mereça aquelas respectivas acusações.

GILETE: o termo adequado é bissexual.

NEGRO: a maioria dos militantes do movimento negro prefere este termo a preto. Mas em certas situações as duas expressões podem ser ofensivas. Em outras, podem denotar carinho nos diminutivos neguinho ou minha preta.

PALHAÇO: o profissional que vive de fazer as pessoas rirem pode se ofender quando alguém chama de palhaço uma terceira pessoa a quem se atribui pouca seriedade.

SAPATÃO: usada para discriminar lésbicas,mulheres homossexuais. Entendidas e lésbicas são termos mais adequados.

VEADO: uma das referências mais comuns e preconceituosas aos homossexuais masculinos. Expressões adequadas são gay, entendido e homossexual.

Clique aqui para ler a matéria na íntegra.
Sábado bom


Sábado amanheceu com chuva e árvores dançando aqui em frente.

“Venta / ali se vê / aonde o arvoredo inventa um ballet”
(Nei Lisboa)


Americanas.sem


Meu irmão fez uma compra pela Americanas.com, que não chegou dentro do prazo prometido. Mandou e-mail cobrando. Ninguém respondeu. Mandou outro. E nada.

Ligou para a central de atendimento (você é quem paga a ligação). Hoooooras e horas para ser atendido.

- Eu queria saber do meu pedido, número tal.
- Um momentinho que eu estarei verificando, senhor...
Um momentão se passou.
- Realmente, senhor, consta aqui que a sua compra não chegou.
- Sim, isso eu sei. Queria saber onde foi parar, então.
- Consta aqui que o produto estará voltando à loja, senhor.
- Voltando? Mas por quê??
- Não tenho essa informação, senhor, desculpe...
- Tá bom. E eu vou receber quando, afinal?
- Depois que o produto retornar à loja, teremos um prazo de seis dias úteis para a nova entrega.
- E quando é que chega na loja?
- Não temos essa informação.
- Sei. Então eu quero cancelar o pedido.
- O pedido só poderá ser cancelado depois que o produto chegar à loja, senhor.

Aí ele armou uma quizumba, e a moça “abriu uma exceção”: cancelou o pedido na hora mesmo.