11 maio 2004

Arrumei minha antena


Não a minha, claro. A da TV. Dei uma de “meu-irmão-quando-tinha-mais-tempo”, e fui de canivete: desmontei a coisa, desencapei parte de um fio que me parecia meio acabadinho, fiz nascer um robusto pedaço dele, que enrosquei numa espécie de parafuso com a finalidade de conduzir qualquer coisa a não sei onde, depois ainda finalizei com fita isolante (por quê?, não me perguntem!), tudo muito intuitivamente, mas com delicadeza e propriedade que só vendo. Virei a antena de cabeça para cima outra vez, dei-lhe três amigáveis tapinhas nas costas, acendi uma vela e um incenso, improvisei alguma reza, e, finalmente, tive uma conversa muito séria com ela.

Não sei se foi a cirurgia ou a conversa, mas o fato é que a antena voltou a ter, se não o corpinho de antes, ao menos o prazer que me proporcionava.


Falar nisso...

No DVD da quinta temporada de Sex And The City que peguei outro dia, o impagável diálogo descrito (mais ou menos) a seguir, entre Samantha e um vendedor:

- Boa tarde. Eu vim devolver o meu vibrador, está com defeito. (Ela, com um sorriso no rosto, e o negócio na mão).
- Desculpe, senhora. Deve haver um engano. Aqui não vendemos vibradores.

Estava claro que o local não era um sex shop, mas uma loja de eletrodomésticos. Mas ela insistia:

- É claro que vendem vibradores! Eu comprei o meu aqui outro dia, tenho certeza. E vim devolvê-lo. Está com defeito.
- Desculpe, senhora. Tenho certeza, aqui não vendemos nenhum tipo de vibrador.
- Ah, não? Então, o que é isso aqui?
- É um massageador de pescoço, senhora.

Ela, desapontada:
- As pessoas usam isso aqui para massagear o pescoço?
- Isso é um massageador de pescoço, senhora.

Ela, já irritada:
- Está bem. Está bem. Vim devolver o meu massageador de pescoço. Está com defeito.
- E qual o defeito, senhora?
ELE NÃO ME FAZ GOZAR.