22 setembro 2005

Vim ver minha família na minha cidade. Morreu uma tia superjovem. Mencionei o caso aqui há um tempo, quando ela ainda estava doente: câncer no útero. Lutou o que conseguiu.

Pensei se escrevia aqui sobre isso, ou não...

Ninguém sabe o que dizer numa hora dessas. E nem adianta, porque a morte é uma mão muda e surda que simplesmente leva embora; não negocia. Olhando a morte assim de perto, fica uma certa impressão de que as coisas da vida (TODAS) são muito mais negociáveis do que supõe a nossa pobre consciência. Questões de jogo, equilíbrio, balanço, adaptação: são coisas da vida. Vai-e-vem. Ondas.

E ela foi cremada e quis ser jogada no mar.