20 julho 2006

Meia barriga / susto inteiro

É divertido, embora muito incômodo, estar grávida assim, no início. Quando estou bem, estou ótima. Quando estou mal, estou péssima. O diacho é que não sei se essa tendência aos extremos é universal – coisa de grávida mesmo - ou se é fruto da minha singular incapacidade de lidar com meias barrigas.

Está certo que, hoje em dia, a vasta literatura disponível on line ajuda a gente a sentir – sintomas! sintomas! - as mais diversas e improváveis tolices. E eu leio muito, faço questão. É muita coisa séria, mas também muita bobagem. Faço questão, tudinho.

Não sei se vou querer ficar grávida outra vez na vida, e isso me dá uma estranha sensação de querer engolir a gravidez de um só gole, para não deixar escapar nada. Sei lá se vou viver isso de novo, né? E o tempo segue.

Imaginem vocês que eu, quando recebi o resultado do hemograma que fazia parte do pré-natal, grudei os olhos e quase desmaiei quando vi lá um número altíssimo associado à rubéola. Conferi dez vezes. Eu tinha rubéola, estava tudo perdido.

Liguei para o médico, já segurando o pranto e as pernas bambas.

- Tudo bem?
- Não, doutor. Eu tenho rubéola. (A voz dramática de barriga inteira).
- Qual o tipo?
- Rubéola, ora, tipo rubéola!
- Mas é a IgG ou a IgM?
- Deixa ver... é a IgG!
- Então não tem problema. Isso só indica que você já teve rubéola um dia, ou que tomou a vacina.
...

É mesmo, eu tinha tomado a vacina.

Por Deus, que susto!!! Essas crianças ainda me deixam de cabelos brancos...