12 março 2007

Teste do pezinho

Ainda agora entrei no quarto e ela dorme, serena, empacotada numa manta. Um pezinho ficou de fora.

Aí começa o dilema. Você não sabe se mexe e empurra o pezinho para dentro, ou se ficou assim porque estava mesmo quente dentro da manta. Põe a mão para sentir a temperatura – não está frio nem quente, parece temperatura de bebê. Mexo ou não mexo? Dorme tão linda; vou desmontar o sono?

Pior: desmanchar os sonhos?

E o pezinho cá embaixo, sozinho. Uma sobra no meu cuidado – cinco dedinhos zombando da minha arrogância de querer ser 100%. Embrulhei tudo, mas esqueci o pé?

Que mãe sou eu???

E ela dorme, intacta. Filha, filhota, filha minha. Perdoa a tua mãe relapsa, vai ser assim mesmo, sempre vou querer empacotar tudo certinho, mas aqui e ali vai me escapar um pé. Tentei, mas não coube. Me perdoa.

Que eu te perdôo por crescer tão rápido.