31 março 2007

Céus!!!
E os caras pararam mesmo o país.
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Aqui no Rio está um calor in-su-por-tá-vel. Para quem gosta é o bicho. Para quem não gosta, morde.

Falar nisso, vocês viram o filme do Al Gore? Vi e gostei. Mas assusta.
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Pilates

Minha (ex) professora de Pilates, Kamila, deixou um recadinho aqui (um beijo, querida! Saudades.) Não nos vimos desde que parei de pilatar e mudei de bairro, no oitavo mês de gravidez.

Lara já está com um mês e meio, e ainda não retomei os exercícios. O médico liberou, mas, como diria o Veríssimo – cadê tempo??

Minha coluna está cada dia pior. Faço uns alongamentos em casa, enquanto ela dorme, mas nunca é a mesma coisa. Sou militante do Pilates; é o que me permite conviver na boa com uma hérnia de disco e trabalhando no computador direto.

Agora, com uma filha que engorda 30gr. por dia, ou malho, ou me quebro!

Deveriam vender colunas novas nessas lojas infantis...

30 março 2007

Amementação

É muito divertido: às vezes o bico do seio lhe escapa da boca e ela, afobada, procura encontrar, mas acaba achando a própria mãozinha fechada – e segue sugando, decerto indignada porque não sai leite.

Reponho o devido bico na devida boca, e ela resmunga, inconformada (“grrrrrrrrsssshhhhmmmm!!!!”), como se eu estivesse atrapalhando seu trabalho. Quando finalmente percebe que ali tem leite, sossega e manda um olhar esnobe de canto de olho, tipo:

“Apesar de você, achei o que eu queria.”

Isso que ainda nem comecei a dar palpite na vida dela...

29 março 2007

Estou cheia de idéias para escrever aqui, mas o tempo é cuuuuurto!
Serei breve.

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Visita


Pois vieram vê-la as tias. Pão-de-queijo, historinhas. Saímos com pacotões de fraldas tamanho “M” e um macaquinho que ainda vai dar muito nela.

Romance

Aí ele voltou à loja da blusa que eu elogiei na vitrine e comprou para mim. Sempre sonhei!

Choro

Chorou muito e depois chorou mais, eu quis morrer. Ave Maria, rezei e tudo. Mais tarde passou (beeeeem mais tarde), pôs as mãozinhas daquele jeito e adormeceu como um anjo – não morri, mas fui dormir no céu.

Básica

Aí eu voltei à loja (tive que trocar a blusa, olha que desagradável, não me serviu e jamais serviria). A menina que me atendeu tinha lá os seus 19 anos. E pensei: daqui já não enxergo muito bem, mas lá se vão os meus. Peguei três regatinhas básicas, tamanho único, e saí com a maior cara de básica e única.

Romance

Aí ele me disse: tem importância não, depois te compro outra bem bonita. Sempre sonhei!

News

Estou tramando mudanças para este blog. Muito em breve, agurdem!

26 março 2007

Recém-nascidas



É como se o mundo ficasse numa bandeja à parte, e a gente fosse se servindo de uma beliscada aqui, outra ali – mas o prato que está na nossa frente, aquele do sustento do dia-a-dia, é mesmo o bebê. Ou a maternidade.

Dizem sempre: “dá um trabalho danado, mas é maravilhoso”. Não é um trabalho “danado”. É um aluguel desmedido, coisa que exige total entrega. Digo isso sem a menor culpa porque é a mais pura verdade. Trabalho danado é escrever um livro. Amamentar e cuidar de um bebê é entrega. Tudo que há em você é derramado num copo, e o conteúdo é bebido (sugado) por aquela criaturazinha. Então você quer ser esperta, ou supermulher, ou seja lá o diabo da sua fantasia, e resolve se espremer um pouco para fazer sair mais algumas gotinhas – na esperança de “sobrar” um pouco.

Nada, não sobra nada. É 100% aproveitado pelo bebê, 24 horas por dia. Quanto maior você se achar, mais entrega haverá. Não sei mais o que é desperdício (de tempo ou de amor) e também não guardo nada: tudo é utilizado. E é freqüente a sensação de que preciso abastecer a despensa, senão me esvaio.

De outro lado, “maravilhoso” é um adjetivo que cabe, mas não preenche. Maravilhoso a gente usa até para um pato assado!

Quando olho para a minha filha, perco os caminhos lineares. Não existe olhar/sentir/pensar/formular/dizer. Não existe ordem, nem mesmo o processo de ordenar. É uma experiência tão direta – a mais direta que já conheci – que até me pergunto se posso chamar de experiência. Talvez seja um tipo de oxigênio ou uma canção.

Um bocejo dela me boceja inteira, um choro me chora, um sorriso involuntário me transforma em alegria da cabeça aos pés. Como é que o budismo classificaria?

Não sei se vem dela ou de mim. Vai ver que vai de cada uma, somos recém-nascidas – a pequena, experimentando as primeiras sensações; a grande, desarticulando idéias. Não me sinto andando com as pernas, é como se alguma coisa lá pela garganta me guiasse.

Em vez de tropeçar, engasgo.

21 março 2007

Total flex

Hoje eu a vesti inteira de verde. Pistache. Camiseta e bermuda, uma coisa. Pus no berço – ela já estava grogue e quase entregue – e fiquei ali fazendo “shhhh... shhhh...”, olhando aquela bolinha verde que saiu de mim. A cada “shhhh” ela fecha mais os olhinhos, geme qualquer coisa lá e enfia o nariz no travesseiro que deixamos ao lado para que não “entorte” o corpinho.

Afasto um pouco o travesseiro. Ela enfia mais o nariz. Afasto um pouco. Enfia outra vez. Afasto. Enfia. Afasto. Enfia.

Agora eu me afasto e – desisto! – fico só observando como ela vai proceder. Ela esborracha de vez o nariz no travesseiro (decerto gera sensação de aconchego) e, quando percebe que não vai dar para respirar, vira meio de ladinho e libera uma só narina.

Esperta e econômica, respira satisfeita com 50% da capacidade. Ou seja, sobrevive lindamente com um pouco de aconchego e um pouco de ar: um bebê total flex!

Demoro um pouco a compreender isso e me dói a coluna de ficar inclinada no berço: uma mãe Maria Fumaça.

16 março 2007

Spa

Tenho ido pouco à rua. Como disse o médico, ainda estou “quase” de alta. Recém fez quatro semanas da cesariana, e alta mesmo só recebo na quinta. Mal posso esperar.

Mas, enfim, outro dia fui à rua. Saí pela portaria do prédio e fui à rua. Sozinha.

Andei pelas calçadas e me vi saltitando por dois motivos. Um, a euforia. Dois, a incrível sensação de pesar pouco mais que uma pluma – Cristo, quanta diferença! Parir é o melhor spa que já inventaram. Perde-se peso com tanta eficácia e rapidez que as próprias pernas custam a crer no pouco esforço que lhes é exigido para carregar o corpo.

Para não falar no risco quase nulo de cair no efeito sanfona. Sim, recuperar o peso perdido no parto é até possível, mas requer planejamento cuidadoso e a escolha de um novo nome, ou seja, dá muito trabalho.

E o melhor de tudo: na maternidade eles na só tiram a sua barriga como também empacotam para viagem!

Eu recomendo veementemente.

12 março 2007

Teste do pezinho

Ainda agora entrei no quarto e ela dorme, serena, empacotada numa manta. Um pezinho ficou de fora.

Aí começa o dilema. Você não sabe se mexe e empurra o pezinho para dentro, ou se ficou assim porque estava mesmo quente dentro da manta. Põe a mão para sentir a temperatura – não está frio nem quente, parece temperatura de bebê. Mexo ou não mexo? Dorme tão linda; vou desmontar o sono?

Pior: desmanchar os sonhos?

E o pezinho cá embaixo, sozinho. Uma sobra no meu cuidado – cinco dedinhos zombando da minha arrogância de querer ser 100%. Embrulhei tudo, mas esqueci o pé?

Que mãe sou eu???

E ela dorme, intacta. Filha, filhota, filha minha. Perdoa a tua mãe relapsa, vai ser assim mesmo, sempre vou querer empacotar tudo certinho, mas aqui e ali vai me escapar um pé. Tentei, mas não coube. Me perdoa.

Que eu te perdôo por crescer tão rápido.

10 março 2007

Primeira vez no shopping


Primeiro passeio no shopping. Colocamos o vestidinho branco que o papai comprou – lindo! lindo! – e nos armamos dos apetrechos necessários: carrinho, bebê-conforto, canguru, fraldas, chupetas, roupinha extra, pomada contra assaduras... Lá fomos nós.

Mamãe aqui estava eufórica. Adoro um shopping e fazia exatamente um mês que não pisava num. Aliás, minhas idas à rua têm sido assim: raras. Pediatra, obstetra e pediatra. Ainda estou, como diz o médico, “quase de alta”.

Então, fomos ao Shopping Leblon (amplo e tranqüilo, seguindo as recomendações do pediatra). Dormiu no percurso. Chegando lá, acordou. Resmungou. Choramingou. Estava na hora de mamar.

O tal fraldário é coisa de primeiro mundo. Tem poltrona de amamentação, trocadores e todos os equipamentos necessários, além de duas mocinhas simpáticas, vestidas de branco, sempre prontas para ajudar (confesso, tive vontade de trazer uma delas para casa, hoho). Enfim, amamentei no shopping.

A gente faz cada coisa que nunca imaginou.

Ela fez cocô e xixi, arrotou, foi trocada, resmungou mais um pouco e dormiu de novo.

Quis mostrar algumas vitrines – filha, isso se chama li-qui-da-ção e é coisa fundamental na vida de uma mulher! -, mas ela nem tchuns. Babava, indiferente. Não deixei por menos: já que não quis comprar roupas, comprei-lhe fraldas.

E assim foi o primeiro passeio: papai e mamãe completamente bobos, exibidos, apaixonados. Alguns passantes viravam o pescoço, admirados. A alegria e o orgulho nos escorriam pelas babas, que coisinha mais linda a nossa filha, como é fofa, como é rica, como é graciosa, olha o pezinho, olha a mãozinha, olha o vestidinho, olha a orelhinha...

E ela nem bola.

Quem sabe na liquidação de inverno.

08 março 2007

Mar Morto

Acabo de ler no jornal que, sendo hoje Dia Internacional da Mulher (em coro: óóó!), devemos aproveitar para “cuidar de nós mesmas”. E a primeira sugestão é fazer uma esfoliação à base de sal do Mar Morto.

Sal do Mar Morto. É mole?

Essa cultura do “cuidar de si mesma” está enchendo um pouco o meu – perdão pelo termo masculino - saquinho. Não sei se é porque, no momento, estou muito dedicada a cuidar de um pedacinho de “mim mesma” que, há pouco mais de 20 dias, habitava a mim-mesma-barriga. De qualquer modo, me parece enfadonha a idéia de que ficar melecando a cara com as novas tendências da cosmética seja assim, uau!, um presente tão supimpa a mim-mesma TODAS AS VEZES em que pretendo me sentir homenageada.

Não sei do mim-mesma de vocês, mas a mim-mesma soa mesmice pura. Será que não há nada mais inteligente ou interessante para sugerir como mimo para myself? Pomba.

Sal do Mar Morto!

Mim-mesma agradece, mas eu gostaria de receber a minha parte em $$$. Mim-mesma pode não ter lá uma pele de oceano (!!??), mas garante que sabe direitinho onde gastar. Hoho.

07 março 2007

Impotente

A vida está muito corrida, desculpem a falta de organização no texto, escrevo enquanto ela finge que dorme (eu também finjo que escrevo), daqui a pouco vai resmungar de lá, calma que mamãe já vai, resmungará mais, calma! calma!, fará um silêncio tão doce quanto breve, escrevo mais um pouco, fico me iludindo – agora ela dormiu de vez, benzadeus! –, que nada, resmunga e agora chora, chora curtinho, depois chora médio, depois chora alto e compriiiiiido, deixo o que estou fazendo e vou ver se faz careta e puxa as perninhas (cólica, gases), se está só agitada, se é calor, se é frio, se balança os braços no ar e se assusta com os próprios movimentos, se...

Enfim. Muitas vezes ela faz tudo isso ao mesmo tempo.

Eu balanço, consolo, acarinho, aliso, massageio, abraço, beijo, ajeito, troco, visto, enrolo, sacudo, embalo e já estou quase carimbando e enviando por Sedex à minha mãe quando ela, enfim, silencia e cai exausta, entregue à mais invejável paz.

Mas deixa bem claro que foi porque ELA quis.

06 março 2007

Batendo papo



Reparem no brinquinho. Uma coisa.

04 março 2007

Queda de cabelo pós-parto

Cruz credo! Era verdade.

01 março 2007

Mitos e verdades - cesariana

A cesárea não é exatamente uma festa, mas também não chega a arrancar pedaço. (Só o pedacinho que vem ao mundo, claro). Eu tinha muito medo da tal anestesia com agulha grossa, mas nem senti. O médico era craque.

A primeira noite no hospital foi uma m***, pior do que eu imaginava. Você fica com uma sonda na bexiga e um soro espetado na veia, não tem posição para dormir, é um inferno. Nada chega a doer, mas incomoda bastante. Fui valente.

O segundo dia no hospital é bem melhor, embora seja a hora da verdade: levantar da cama e tomar o banho com a ajuda da enfermeira é doloroso – e, no caso da paciente ser metida a besta como eu, um pouco humilhante. Dá licença, minha bunda lavo eu.

A verdade é que eu não estava preparada psicologicamente, aliás, nunca estou. Caiu a ficha: caramba, fiz uma cirurgia! Meteram a faca mesmo!

No terceiro dia, já muuuuito melhor das dores e podendo tomar meu banho sozinha, comecei a ver o mundo com outros olhos. Afinal, nem foi tão ruim. E passou rápido.

O pior de tudo: a maldita sonda e as dores na barriga no segundo dia (gases! Eles avisam para a gente não falar nada depois da cirurgia, porque se acaba engolindo muito ar e a dor é certa, mas, que diacho!, você acabou de ter uma filha e as pessoas querem saber de tudo!).

O melhor de tudo: claro, a Lara e o pai dela. Afora isso, o tempo – que é o melhor remédio e, nesse caso, age impressionantemente a favor. A cada dia que passa, desde o parto, a recuperação avança quilômetros. Hoje faz 16 dias, já tirei os pontos e raramente lembro que tenho um corte na barriga. É realmente animador.

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Terceirizando


Essa eu me esqueci de contar antes, mas é ótima. O médico que fazia as ultra-sonografias da Lara era do tipo conversador, simpaticão. Foi com ele que descobrimos que era uma menina. Pois quando eu estava na última semana de gravidez, ele encostou o aparelho na minha barriga e veio com esta:

- E o garotão já tem nome?

Não dei pelota, apenas disse: “Lara”. E ele:

- Rárárá, esse é o teste que eu faço para avaliar o nível de estresse da mãe! Você passou com louvor!

Hum, não diga.

O mais engraçado foi quando, não sei por que motivo, caímos no assunto futebol (isso durante o exame, é mole?). E ele, querendo contar que fez as ultras dos filhos do Romário, disse assim:

- Fui eu que fiz os filhos do Romário!

E nem se deu conta da gafe. Minha porção de gentileza eu gasto silenciando nessas horas, mas minha vontade quase incontrolável era dizer:

- Que ótimo. Mas, lá em casa, fazemos nós mesmos os nossos...
Comentários

Confesso que estou adorando os comentários de vocês sobre a foto da minha filha, por isso nem tenho mais escrito no blog, hoho. Agradecemos pela preferência!

Mais tarde volto com novidades. O tempo, no mundo das mães, passa muito rápido!
Beijos.