21 fevereiro 2006

E eu, que ainda não conhecia Salvador?


Sabem do que eu mais gostei? Salvador sorri com covinhas!

Explico: a orla da cidade é alegre como um riso – escancarado, solto, sensual, maroto, molhado e quente. Tudo é exposto; sujeitos, verbos e predicados dançam ao som de algum batuque que não se sabe direito identificar de onde vem, se é que vem mesmo. Mas o certo é que Salvador é estéreo, porque a gente ouve muito e o tempo todo.

Aí você parte para as ladeiras, onde a história se guarda nas construções, nos becos coloridos, nos furinhos das rendas, no silêncio das preces... enfim, nas doces sombras das covinhas de uma cidade que sorri suas carnes salgadas, suas curvas ousadas, sua alegria que embasbaca, deslumbra, comove, desconcerta, e até assusta um pouco, mas – sobretudo! – estimula a gente a sorrir também.

:o)