30 outubro 2003

Vocês viram o novo apelido do salário mínimo?
Se vira nos trinta.

***

Hoje eu vi numa loja, de relance, um porta-retratos cujas bordas eram forradas de uma plumagem rosa-choque. Fiquei doida, amei aquilo. Sou louca por porta-retratos. O retrato é o de menos.
Agora, cá entre nós: porta-retrato com plumas rosa-choque? Onde é que eu estou com a cabeça???

***

Minha amiga me mostrou, na FNAC do Barrashopping, um brinquedinho assim: você coloca os fones de ouvido, e encosta o código de barras de qualquer CD da loja no aparelho. O CD então começa a tocar nos seus ouvidos, como num passe de mágica, e você pode navegar faixa a faixa, até decidir se é uma boa opção investir seu rico dinheirinho nele ou não.

Jura que alguém aqui não sabia ainda disso, né? Só a camponesa aqui, pobre diaba, se vê como pinto no lixo diante dessas coisas mudernas.

Sou tão objetiva, que me esqueço de olhar para os lados. Se eu entrar numa loja de instrumentos musicais para comprar uma mísera palheta, pode estar rolando um evento lá dentro, com músicos renomados tocando jazz a todo volume, que eu entro e saio sem ver e ouvir nada. Depois, quando alguém comentar, respondo:

- Poxa, e eu estive naquela loja nesse mesmo dia, mas não vi nada... vai ver ainda não tinham começado.

Cansei de ser cobrada por amigos: não me conhece mais? Passei do seu lado ontem, quase nos esbarramos, e você sequer me cumprimentou!

Desculpe, eu digo, sofro de uma coisa meio tacanha mesmo. Mas acham que estou de sacanagem, que sou esnobe.

E sempre acham que é só com eles, impressionante. Mas não é. Não tenho muita visão periférica.

A não ser que a pessoa esteja, como o porta-retratos, vestido de plumas rosa-choque.

26 outubro 2003

Gerundiando


Lendo: Perdas e Ganhos – Lya Luft
Ouvindo: Paixão no Peito – Renato Borghetti
Vendo: o Rio de Janeiro continua lindo.
Acendendo: velas amarelas.
Apagando: velas (26) no dia 24.
Bebendo: Coca Light.
Comendo: pouco (vomitei no meio da semana).
Assistindo: DVD Casamento Grego (comédia legal!).
Meditando: meus chakras.
Medicando: Florais de Bach.
Tocando (no violão): Agora só falta você - Rita Lee.
Tocando (no baixo): Why can’t this be love - Van Halen.
Cantando (no chuveiro): A festa – Milton, por Maria Rita.
Torcendo: pro dia nascer feliz (o mundo inteiro acordar, e a gente dormir).
Tecendo: planos e artes.
Rezando: pro Vô Petronius sarar logo.
Perdendo: uns medos.
Ganhando: uns outros.
Brincando: pouco.
Banindo: hábitos.
Procurando: o fio da meada.
Achando: té parece.
Interrogai por nós


Sabe quando você precisa relaxar, para pensar, para entender, para aceitar, para então conseguir... relaxar?

E sabe quando você se sente pressionado a realizar, para ganhar, para subir, para crescer, para, enfim, conseguir... realizar?

Você já foi a algum encontro importante, de negócios ou não, para o qual se preparou durante dias, semanas ou meses, e aquilo gerava uma certa ansiedade que você abominava, e você tentava convencer a si mesmo de que estava calmo, mas o medo crescia, e você, com raiva do medo, acabava por promovê-lo a pânico, e ele se refestelava ainda mais nas suas entranhas, e você o esmurrava em pensamento, e ele se fortalecia, e você golpeava, e ele insistia, e você acabou esmagado por uma coisa que começou da simples necessidade que você tem de não aceitar que uma boa oportunidade pode apenas ser uma boa oportunidade, e pronto?

Quando foi a última vez que você soube aceitar um presente de Deus, ou seja lá a entidade que você cultue, sem pensar na responsabilidade que iria incidir diretamente sobre você - como raios de sol ao meio-dia, sem direito a protetor ou chapéu – e que, sem dúvida, você não daria conta disso?

Quantas vezes você se viu diante de alguma coisa realmente grande, e pensou naquela história da areia e do caminhãozinho, imediatamente, antes que a coisa grande e bonita ameaçasse lhe tocar, Deus do céu, e lhe tirar a condição com a qual você se acostumou a conviver há anos - a condição de reles criatura mediana desprovida de qualquer qualidade admirável?

Quem é que realmente merece a felicidade do brilho dos cabelos das propagandas de xampu? Quem são os ricos que flutuam nos seus iates, ano velho após ano novo, a brindar seus sucessivos sucessos, enquanto você se espreme entre mágoa e despeito, achando que não tem mais jeito?

Se eu tivesse essas respostas, escreveria um livro de auto-ajuda, venderia milhões, e, com certeza, me auto-ajudaria muito. Não tenho. Só tenho as perguntas: Santa Maria, mãe de Deus, interrogai por nós.

Algumas coisas da vida não dão direito ao último parágrafo, aquele que explica tudo e não resta dúvida. É pena. Eu aprendi tão direitinho a concluir textos, nas aulas (que eu ia) da faculdade.

Lembro que um professor dizia: jamais termine um texto com um ponto de interrogação!

Mas, pensando bem: e se eu escrevesse mesmo um livro de auto-ajuda???
(Espero que, com três, possa).

21 outubro 2003

Bons dias!

Diquinha de filme, para não dizerem que só falo mal das obras alheias: “Os outros”.
Está certo que quase todo mundo já viu, mas eu só vi ontem, e gostei muito. O interessante é que, no final... (pensou que eu ia contar? Hehe).

Tenho uma amiga, não vou dizer quem é, mas ela é conhecida por contar o final dos filmes – e não é má intenção, não! É daquelas que juram nunca mais fazer, mas, quando vê, escapuliu... Outro dia, na locadora, um casal lia a sinopse de um filme, decidindo sobre a locação dele. Minha amiga (não adianta, não vou dizer quem é!), de súbito: “Amor, olha ali, eles estão decidindo sobre aquele filme que a gente viu, lembra? Aquele que, no final, descobrem que a mulher blá blá blá...” (contou tudo, bem alto, a locadora inteira ouviu).

Meu irmão virou um pimentão de cabelo comprido. (Ooops!).

O casal devolveu o filme na prateleira, como quem diz que agora não precisa mais...

E meu irmão é tão gentil que a convenceu, depois de muito argumento (ela fica culpada depois que “descobre” o que fez), que ela tinha ajudado o casal a economizar sete reais.

***

Acabo de derramar cera quente de vela verde no monitor do micro.
Abafa o caso.
Falar dos outros dá nisso.

***

Hoje vou ver outro filme de catálogo. “Anna and the king”.
Alguém quer contar o final?

20 outubro 2003

Segunda-feira, sete da matina (hoje parecendo 6h), aquela rotina. Ao redor da praça, observo daqui uma jovem senhora caminhando, apressada, enquanto faz exercícios de bíceps com um pesinho em cada mão, ouve alguma música no walkman – e, provavelmente, ainda respira. Tudo ao mesmo tempo agora.

Hoje consegui tomar um café da manhã demorado, antes de ligar o micro. Raro. Comi mamão (há quem seja contra), biscoito água-e-sal com queijo branco, bebi café pingado com leite. Gastro-inutilidades no blog nosso de cada dia.

Feriado, dia do comércio. Espero que o trânsito esteja um pouco melhor na direção contrária, ou seja, sentido oposto ao dos cariocas afoitos pela praia do Recreio dos Bandeirantes - já que as demais estão imundas há tempos. Aliás, aqui já difere pouco, e, em breve, jaz de fezes muitas. (Cruzes, acordei poética hoje! Hohoho...).

Dormi pouco, é verdade. Noite passada, assistimos a mais um abacadevedê – alimento geneticamente modificado, oriundo da mistura de abacaxi com DVD, que resulta num filme enfadonho e extremamente nocivo ao bom gosto de qualquer ser humano dotado de faculdades mentais, no mínimo, medianas. Mas, cabe lembrar, é imune às pragas (uma vez que já vem com tanta porcaria embutida em si, que nem as pragas têm coragem de lhe experimentar as folhas).

Rotulado de “Suspense – Drama”, o abacafilme era uma produção francesa pobre de roteiro e carente de ritmo, baseada numa sinopse mal intencionada e estrelada por meia-dúzia de atores cujo constrangimento era evidente. Metade do elenco era morto-vivo; outra metade, vivo-morto. Não se entendiam nem entre si, que dirá fornecer alguma base de coerência nos diálogos para quem visse de fora.

E mais não digo, que periga ficar parecendo que estou querendo falar mal do filme.

Hehehe.

17 outubro 2003

Como é boa a vida ávida, de texto, de som, de verso, de tom, de tum, tum-tum, tum-tum, tum-tum (coração).

Como é boa a vida prática, de gesto, de plexo, de nervos, desejos, cores, pele, sensações.

Como é boa
a vida.
Ah, vida
ávida!

13 outubro 2003

Begônias virtuais não murcham


Uma versão atualizada para o clássico “As flores de plástico não morrem”, hehe.

Bons dias!!! Segunda-feira, 7h da matina, um Rio de Janeiro nebuloso e até meio manhoso ameaça derrubar suas lágrimas em frente à minha, à sua, à nossa pracinha. Estive um tanto ocupada durante a semana que passou – nem tanto regando begônias, mas, muito, plantando planos e artes.

Na verdade, o fim de semana passou e eu nem vi. Ontem teve ensaio da Analógica, o dominical de sempre, eu me senti bem, e me lembrei do que me diz uma amiga: cante sempre! Você respira corretamente enquanto canta... serve para equilibrar os chakras, bobinha!

Taí. Eu, que sou uma moça cheia de chakras, nunca havia pensado nisso. Cantar para equilibrar os chakras. Ontem eu levei os meus chakras para o estúdio e praticamente joguei futebol de botão com eles: o cardíaco, que fica aqui bem no meio do peito, agradeceu. O som do baixo vibra é bem nele, já notou?

(Na verdade, reverbera um pouco ali no plexo solar – que fica uns quatro dedos abaixo do estômago).

Estou falando grego, não, né? Quando eu estiver, me avisem.

Um dia eu fui a uma astróloga que me disse que eu deveria procurar trabalhar com musicoterapia. Achei aquilo até bonito, mas tão careta... ela disse que eu me sentiria melhor se pudesse ajudar os outros com o dom-que-Deus-me-deu (clichê?, eu?).

Perguntei a ela se eu não podia continuar tocando meu baixo e cantando por aí, dizendo umas besteiras para as pessoas rirem entre uma música e outra, essas coisas das quais não consigo me livrar, nem me esforçando. Mas ela disse que não: é mu-si-co-te-ra-pi-a! E, de preferência, com crianças.

Foi então que me assustei e resolvi nem considerar. Gosto de crianças, claro, mas não consigo me ver reunida com um grupo delas, a dirigir um trabalho com fins terapêuticos. É demais para a minha bolinha.

Certa feita, já aqui no Rio, eu falava com uma moça cuja filha pequena me olhava torto. Esperou eu respirar, e perguntou à mãe (bem alto):

- Manhê! Por que é que essa moça fala tudo errado??

Era o meu sotaque. A mãe explicou, com carinho e um pouco de constrangimento, que eu era gaúcha. E a menina olhou ainda mais torto, como quem pensa: “cruzes, e isso pega?”.

Este foi o primeiro episódio com crianças. O segundo foi em São Paulo, eu estava visitando um namoradinho (ou quase isso, ou pretendia eu que assim fosse), ele me levou para visitar uma prima, o marido, e o filho pequeno.

Mal cheguei, beijinhos, sofá, cafezinho etc. Tímida no início, resolvi me soltar, afinal, que mal haveria? Falei meia-dúzia de frases, nem lembro o quê, e o guri me olhando, sério. Parei, ele disparou:

- Mãe, ela é menino ou menina?

Era a minha voz grave, de recém acordada. Mau humorada e injuriada, respondi na lata:

- Ainda estou me decidindo, dá licença?

Todos me olharam com os olhos arregalados, e eu ri para descontrair.

Tá bom pra vocês?
E ainda querem que eu vá fazer musicoterapia nessas pestinhas... tem graça!

07 outubro 2003

Comprei begônias



Hoje fui ao supermercado e comprei begônias. Begônias e uvas verdes. Uvas verdes e mamão papaya. Mamão e begônias.

Estou mudada. Para melhor.

06 outubro 2003

BOM DIA !!!

Para iniciar a semana, uma câmera para você ver como está o Rio de Janeiro neste instante. É primaveraaaaa! Beijos, beijos!

04 outubro 2003

Querer alguma atenção ao vivo e receber um correio eletrônico mudo, reto, formal, branco no preto. Cores, cores. Mexi um pouco na terra hoje, terra de verdade, sem arroba.
Flores, flores.

Estive pensando e bebendo muita água, que ajuda um tanto. Acendi uma vela violeta, chama, chama, chamei Deus pro tatame: “e aí, tchê?” - como dizemos lá no sul.
Nadica de nada. Nem me ouviu.
(Quanta heresia, Sofia, Sofia...).


Falando nisso

Também quero chegar por últimoooooooo!!!
Se quem chega por último é mulher do padre (Pedro)...
Sus-pirando, aqui.

03 outubro 2003

Os 10 mandamentos da Anti-malhação:


1. Minha avó começou a andar 5 km por dia aos 80 anos. Hoje ela tem 97 e ninguém sabe onde ela está.

2. Me inscrevi numa academia no ano passado e não perdi um quilo sequer...
Parece que é preciso participar das atividades...

3. Tenho que fazer exercícios de manhã, antes que meu cérebro perceba o que estou fazendo.

4. Não faço nenhum exercício. Se Deus quisesse que tocássemos nossos dedos do pé, Ele os teria feito mais próximos das mãos.

5. Gosto das longas caminhadas, principalmente quando feitas por pessoas que me aborrecem.

6. Se quero correr mais, compro um carro mais potente.

7. A vantagem de fazer exercícios todos os dias é que você vai morrer com boa saúde.

8. Eu não corro porque derruba o gelo do copo.

9. Tartaruga não faz nada, anda bem devagar e dura 200 anos.

10. Se nadar emagrece, por que a baleia é gorda?

02 outubro 2003

O Globo – terça, 30 de setembro
(O MUNDO)


Megaorgia causa crise entre China e Japão


Pequim – As delicadas relações entre China e Japão sofreram um novo golpe com um escândalo de turismo sexual.Quase 400 japoneses e 500 prostitutas chinesas participaram por três dias de uma orgia num hotel de luxo na província de Guang Dong, no sul da China, de 16 a 18 de setembro. A data coincidiu com o aniversário da invasão do norte da China pelo Japão em 18 de setembro de 1931.

***

Meu irmão, reflexivo: “É... anos depois, lá estavam os japoneses invadindo o norte da China novamente... o norte ou o sul, no caso, aí vai do gosto do freguês.”

(Gargalhadas gerais)

01 outubro 2003

LEIAM, LEIAM E LEIAM!

O texto abaixo é hilário, está rolando na internet e eu não resisti; postei aqui para vocês rirem (e pensarem!) também.

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Nossas músicas de ninar


Eu, uma Brasileira morando nos Estados Unidos da América, para ajudar no orçamento, estou fazendo "bico" de babá e, ao cuidar de uma das meninas de quem eu "teoricamente" tomo conta, uma vez cantei "Boi da cara preta" para ela, antes dela dormir. Ela adorou e essa passou a ser a música que ela sempre pede para eu cantar ao colocá-la para dormir.

Antes de adotarmos o "boi, boi, boi" como canção de ninar, a canção que cantávamos (em Inglês) dizia algo como:

Boa noite, linda menina, durma bem.
Sonhos doces venham para você, Sonhos doces por toda noite...
(Que lindo, né mesmo!?)

Eis que um dia Mary Helen me pergunta o que as palavras em português da música "Boi da cara preta" queriam dizer em Inglês:

Boi, boi, boi, boi da cara preta,
pega essa menina que tem medo de careta... (???)


Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música "boi da cara preta" era uma ameaça, era algo como "dorme logo, caralho, senão o boi vem te comer"? Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma música que incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina?

Claro que menti para ela, mas comecei a pensar em outras canções infantis, pois não me sentiria bem ameaçando aquela menina com um temível boi toda noite...

Que tal! "nana neném que a cuca vai pegar..."?

Caramba... outra ameaça! Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto!

Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore brasileiro que fosse positiva e de uma longa reflexão, eu descobri toda
a origem dos problemas do Brasil. Trauma de infância!

Trauma causado pelas canções da infância. Vou explicar: Nós somos ameaçados, amedrontados e encaramos tragédias desde o berço! Por isso levamos tanta porrada da vida e ficamos quietos. Exemplificarei minha tese:

Atirei o pau no gato-to-to
Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
Dona Chica-ca-ca admirou-se-se
Do berrô, do berrô que o gato deu
Miaaau!


Para começar, esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) e crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para acentuar a gravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de "D. Chica". Uma vergonha!

Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré, marré, marré.
Eu sou pobre, pobre, pobre,
De marré de si.
Eu sou rica, rica, rica,
de marré, marré, marré.
Eu sou rica, rica, rica,
De marré de si.


Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão doces!! É impossível não lembrar do seu amiguinho rico da infância com um carrinho cabuloso, de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de plástico... Fala sério!!!!

Vem cá, Bitu! vem cá, Bitu!
Vem cá, meu bem, vem cá!
Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá!
Tenho medo de apanhar.


Quem é o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele espancava o pobre Bitu.

Marcha soldado,
cabeça de papel!
Quem não marchar direito,
Vai preso pro quartel.


De novo: ameaça. Ou obedece ou você vai se fu... não é à toa que brasileiro admite tudo de cabeça baixa...

A canoa virou,
Foi deixar ela virar,
Foi por causa da (nome de pessoa)
Que não soube remar.


Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a dedurar o dedo e condenar um
semelhante.Bate nele, mãe!!

Samba-lelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada.
Samba-lelê precisava
É de umas boas palmadas.


A pessoa, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde
debilitada, necessita de cuidados médicos mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de palmadas! Acho que o Samba-lelê deve ser irmão do Bitu...

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou...


Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem anos a fio?

O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.


Desgraça, desgraça, desgraça!!! E ainda incita a violência conjugal (releia a primeira estrofe).

Precisamos lutar contra essas lembranças, meus amigos!!! Nossos
crianças merecem um futuro melhor!!!!