20 novembro 2004

Crença

Acredito no amor
Porque já houve noites
Em que me suspirei inteira
E me acordei metade.

Acredito na vida
No sonho, no sexo e na arte.

Só não acredito em deus
Porque aí já seria muita coincidência.

***

Lago

Afoga logo um termo
Pra ver se vira verso
Submerso azulejo
Haja metro,
Haja metro.

Afunda logo um beijo
Pra ver se vira sexo
Submerso desejo
Haja metro,
Haja metro.

Nunca dá pé
o amor raso.

Afoga, logo.
Afunda, lago.

16 novembro 2004

Engorda, logo!

Passava da meia-noite. Eu traçava, sem culpa nenhuma, um sanduíche de salmão defumado com cream cheese no ciabatta. Louca de fome que estava, comia com necessidade de mendigo e prazer de rei. Uma loucura.

Até que a garçonete simpática não se agüenta, e se aproxima:

- Hehe... tem dia que bate aquela fominha, e a gente tem mesmo é que comer alguma coisa que engorda, né? Senão nem tem graça, né? Hehe. Se vai comer na madrugada, pra quê comer light? Tem que engordar, mesmo! Engorda, logo!

Sei. E você tem noção do quanto eu malhei hoje? Sabe o que eu almocei? Sabe o que eu jantei? Tem aí as minhas medidas? Sabe o meu IMC de cor? Conversou com o meu médico? Vasculhou a minha genética? Sabe onde eu acumulo gordura, onde não acumulo? Tem noção de quantas calorias tem nesse prato? Sabe se eu vou a pé de Ipanema ao Recreio, depois que terminar essa orgia gastronômica? Sabe? Sabe?

Não disse nada disso a ela, claro. Apenas consenti e engordei, conforme o sugerido.

Volto lá, não.

***

"Peço a todos com licença
Vamos liberar o pedaço
Felicidade assim desse tamanho
Só com muito espaço"

[Luiz Tatit]

***

Tempo/Vida
[Viviane Mosé]

“Eu acho que a vida anda passando a mão em mim
Eu acho que a vida anda passando a mão em mim
Eu acho que a vida anda passando
Acho que a vida anda passando
Acho que a vida anda
A vida anda em mim
A vida anda
Acho que há vida em mim
Há vida em mim
Anda passando
Eu acho que a vida anda passando
A vida anda passando a mão em mim
E por falar em sexo
Quem anda me comendo é o tempo
Se bem que já faz tempo mas eu escondia
Por que ele me pegava à força
E por trás
Até que um dia resolvi encará-lo de frente
E disse: Tempo, se você tem que me comer
Que seja com o meu consentimento
E me olhando nos olhos
Eu acho que eu ganhei o tempo
De lá pra cá ele tem sido bom comigo
Dizem que ando até remoçando...”

***

Coisa de gaúcho

Diz-se do sujeito que anda desnorteado:
“Mais perdido que filho da puta em dia dos pais”.

Hoho, boa.

***

Riso

O riso solto é um boi esbelto, atlético, quase olímpico, que se foi. Com a corda.

13 novembro 2004

Conhece a do macaco?


Eu não sou boa nisso, mas vou contar uma piada. É velha, tá?

O sujeito viajava de carro, de madrugada, sozinho. A estrada era vazia, zona rural, nada de civilização. Tudo escuro. De repente, fura o pneu.

O cara desce do carro e começa a procurar o macaco; e nada do macaco. Bate um desespero: estou sem macaco, meu Deus, e agora?

Olha em volta, avista uma fazenda com uma casa de madeira ao fundo. Pensa em bater lá e pedir um macaco emprestado, claro. E começa a andar em direção à casa.

No caminho, vai resmungando: “Que azar o meu, furar o pneu no meio desse fim de mundo e ficar sem macaco. Sabe lá quem é que mora nessa fazenda, também... Garanto que o fazendeiro não vai ter um macaco, ou, se tiver, não vai nem querer me ouvir... afinal, um forasteiro batendo à porta no meio da madrugada... vai é me receber a tiros, isso sim... Capaz de eu morrer furado, ou então a pancadas mesmo. Duvido que esse cara tenha um macaco. (E vai se aproximando da casa). Duvi-de-o-dó! (Chega perto). Fazendeiro chucro desses, vai nem saber o que é um macaco... (Bate à porta, enfim).”

Nisso, abre a porta um doce senhor, que pergunta: “Pois não?”

E o viajante responde, no embalo:

“AH, QUER SABER? ENFIA O MACACO NO *$&@#&$¨!!!!!!!!!”

***

Eu acho essa piada muito ilustrativa.

Às vezes, a gente passa dias, semanas, meses, anos pensando na falta do macaco. E resmungando com os próprios botões. Ninguém sabe que a gente sente falta do macaco. Ninguém sabe sequer que o pneu furou. Ninguém sabe que estamos viajando na madrugada escura, talvez.

Lá pelas tantas, quando já estamos prestes a explodir, aí é que resolvemos colocar uma pobre vítima no roteiro. O fazendeiro, coitado, não sabe de nada. Abre a porta no maior carinho, mas aí já é tarde. Vai ouvir desaforo, e de graça.

E xingar o fazendeiro não resolve absolutamente nada.

***

Filosofia de piada. Valha-me Deus.
Não sei como vocês me agüentam.

12 novembro 2004

Agora eu estou com internet banda larga e vocês vão ter que me engolir on line 24h por dia que beleza de vida escrever mais no blog acesso rápido linha telefônica livre e-mails pulando na minha caixa postal a cada minuto sites carregando - ploft – arquivos baixando – ploft – eu aqui lendo comentários de vocês e respondendo – ploft – corra Bíbi corra que maravilha tecnológica meus bichos sendo saciados é como se antes eu bebesse água de conta-gotas e agora estou bebendo direto do gargalo.

Assim que eu gosto.

***

Falar em gargalo

O garçom do restaurante foi me servir de cerveja e inclinou o copo com o gargalo – sabe como eles fazem, né? Pra quê: eu dei um pulo e me grudei no copo com as duas mãos, tipo ‘vai cair esta merda, ô!’...

Risadas gerais. Caaalma, Bíbi!

Calma nada. Calma era no tempo do conta-gotas.
Agora é fiasco banda larga, ninguém me segura mais.

***

Placa do dia

“VENDE-SE ESTE
RCO”


Perguntaram o que, afinal, era o tal RCO.
Resposta:

“RCO??? Sei disso, não. Olha, moço, nós aqui vendemos esterco...”
Tava explicado.

***

Vem cá, qual é a idéia do Lulu Santos com aquele cabelo, digamos, meio crescido – para cima?
Algumas coisas me assustam um pouco.

***

Meu irmão traz na mão uma cicatriz que ele jura ter sido causada por uma espécie de palito de ferro que eu teria cravado – a palavra que ele usa, imagina – ali, entre o polegar e o indicador dele. A cada encontro com alguma pessoa nova nas nossas relações, ele acha uma oportunidade e relata o feito. Como ele pensa que ocorreu, claro.

Na verdade, eu apenas arremessei o ferro em direção à mão dele – que estava parada. Então ele se distraiu, sei lá, mexeu a mão, o ferro pegou um vento e se animou, a mão de lá, o ferro de cá, o ferro indo, a mão vindo, algum fenômeno físico que não sei explicar, pronto, resumindo: o ferro entrou na pele dele e, vá lá, furou um pouco.

Mas foi a mão, poxa, não foi o olho.

08 novembro 2004

Sagitário

Sabe aquelas frases que ilustram a personalidade de um signo?
A minha eu nunca esqueci.

Diz que o sagitariano está andando em linha reta, convicto, decidido, o passo firme, o olhar certeiro. Todo mundo que está em volta se admira: nossa, olha só a determinação do sagitariano! Onde será que ele vai?

Até que alguém , morrendo de curiosidade, resolve perguntar:

- Sagitariano, desculpe me meter, mas... onde é que você está indo, com toda essa determinação?

E ele, casual:

- Hein? Ah... tô só atravessando a rua mesmo.

***

Eu sinto a mesma coisa quando alguém me ouve falando e comenta:
“Nossa, mas ela tem um vozeirão, né?...”

Fachada, meu bem. Pura fachada que Deus me deu.
Não mato uma barata.

***

Placa do dia (verídico)

“AQUI VENDE PEIXE-SE”


***

Tédio – mas nem tanto

Um tédio colossal nos atormentava neste ordinário domingo chuvoso. Um olhando pra cara do outro. Cada qual leu o jornal e a Época três vezes. O telefone simplesmente parou de funcionar. Nossa conexão com a internet, ainda discada, babaus. Fiz comida. Comemos. Comemos mais. Comemos outra vez. Sair não resolveria – domingo chuvoso, imagina a fila dos cinemas. DVD? Já vimos todos os lançamentos. Comemos mais um pouco, então.

Saio-me com a seguinte reflexão:

- Puxa vida... a gente aqui, nesse tédio. Veja só, se nós fôssemos sócios de uma dessas academias de bacanas, essas que parecem clubes, poderíamos estar, numa hora dessas, malhando... sei lá...

E ele franziu a testa.

- É verdade. É para a gente ver como as coisas poderiam ser piores. Bem piores.

- Ô, nem me fale...

E comemos outra vez. Graças a Deus.

07 novembro 2004

O telefone toca às 2h da manhã:

- Eu te acordei?
- Não.
- Não mente...
- Não!
- Não mesmo?
- Não, pô!
- E O QUE È QUE VOCÊ FAZ ACORDADA A UMA HORA DESSAS?

Depois, a mulher é que é um bicho complicado.

***

E a resposta:

“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo”
...
[Vinicius de Moraes]

***

Diquinha Biblog do tipo auto-ajuda

Sabe aquilo que você anda remoendo?
Em vez de remoer, passe a remover.
Tiro e queda.

***

Você sabe que essas pessoas que trabalham com a escrita não são muito certas da cabeça. Eu outro dia acordei, no meio da manhã (imagina), com uma frase “genial” estourando na mente. Anotei no caderninho - isso aqui dá crônica, ou poesia, sei lá.

Quando acordei e fui conferir, era uma bosta de frase.
Dava insônia, e olhe lá.

***

Tinha uma mulher com saia pelo joelho, sandália fina, cabelo impecável, blusinha delicada. Sentada elegantemente, pernas cruzadas, comia uma salada e bebia água mineral.

Sentei atrás dela.

Quinze minutos depois, ela pediu a conta. Não veio. Pediu de novo. Não veio. Terceira vez:

- CARALHO, DÁ PRA TRAZER A PORRA DESSA CONTA HOJE AINDA, OU TÁ DIFÍCIL???

E o restaurante inteiro ouviu a classe dela se espatifando no chão. Acontece, né.

05 novembro 2004

Sobre os sacos aqui de casa


Dividimos um apartamento há 7 anos, meu irmão e eu.

Ele pediu alguma coisa na padaria, e está guardando as compras. Eu fico observando. Ele pega um saquinho plástico e fica enrolando com aquilo na mão, passa de uma mão para outra, devolve, amassa, estica. Não saio dali. Ele desiste, me olha:

- Tá bom. Eu não tenho a mínima idéia de onde se guarda isso.
- Isso o quê?
- Isso! (Esticando o saquinho na minha frente).
- ISSO se chama saco plástico, e se guarda no puxa-saco, o nome já diz. É esse treco de pano pendurado aqui na parede há uns 7 anos, mais ou menos. Tá vendo?

Ele olha o puxa-saco na parede, assustado, como se tivesse visto uma aranha.

- Tá bom, mas é que você enrola de um jeito que eu não sei enrolar. O saco.
- Pode enrolar de qualquer jeito, isso não importa.

Ele enrola de tal modo que, ao invés de diminuir o volume do saco, aumenta. Incrível. Ninguém mandou eu dizer que não importava. E guarda o saco no puxa-saco, como quem realiza uma operação delicadíssima. Em seguida, começa a fazer o mesmo com um saquinho menor.

- Não, esses pequenos eu guardo noutro lugar.
- Jura?? Por quê?

O sujeito não entende nada de sacos. Viveu 7 anos, numa boa, sem saber da existência do puxa-saco. E agora vem questionar o porquê do meu tratamento diferenciado aos tipos de saco. Eu mereço.

- Porque sim, porque os menores eu uso para cascas de frutas e legumes, prefiro que fiquem aqui desse outro lado, assim já vou direto com a mão no saco desejado.
- Se tu diz...

Começa a olhar um saco que veio com um furinho. Ele ameaça um desdém, eu me adianto:

- Esses furados ficam aqui junto com os pequenos...
- Ah, não! Saco furado também se guarda???
- Eu guardo, sim senhor! Dá licença?
- Pra quê?
- Para as garrafas vazias de refrigerante!
- É??? Eu jurava que as garrafas vazias de refrigerante sumiam depois que a gente colocava ali naquele cantinho...!!!

Respiro beeeeem fundo.

- Não é que elas sumam. Sou eu que ponho tudo no saco furado, depois abro a porta, saio no corredor e – uau! – derrubo no duto do lixo.
- Nossa. Impressionante. E eu, há 7 anos, sem conseguir parar ali naquele cantinho sinistro. Medo de sumir também, sei lá.

Medo de colocar meu irmão num saquinho furado, abrir a porta, sair no corredor e... vocês sabem.

PS: Tá bom, não deve ser fácil viver com uma pessoa que separa os sacos e guarda os furados, admito. Mas só guardo se o furo for mínimo. Se for um rasgo, escondo numa gaveta no meu quarto. Um dia eu vou achar utilidade, tenho certeza.
E mão-de-vaca é a mãe.

04 novembro 2004

Pobreza é relativo


Um amigo lá do Sul me telefona para matar as saudades. Entre outras barbaridades geniais, solta a seguinte:

- É para tu veres como pobreza é um conceito relativo. Hoje eu fui à farmácia. À minha frente, na fila, um guri contava moedinhas, com dificuldade. Que judiaria, pensei. Gurizinho novo, de chinelo gasto, bermuda puída. A despesa era maior que ele. E eu, aqui atrás, comprando meus luxos sem sentir coceira no bolso. Bateu aquela consciência social, sabe?

- Sei, sei... é triste, mesmo.

- Triste, né? Pois tu sabes o que o desgraçado estava comprando?? CAMISINHA! CAMISINHA, Bíbi! Pobre sou eu, isso sim!!! Sabe há quanto tempo eu não tenho precisado comprar camisinha???

Achei melhor nem saber.

03 novembro 2004

As palavras
d a n ç a m
ou é só impressão?

A palavra
amor
dança lento

A palavra
tesão
dança colado

A palavra
saudade
tem pisado no meu pé

E a palavra
esperança
amanhece varrendo o salão.

02 novembro 2004

Finados


Diz pra mim que amanhã é quarta-feira útil e que tudo vai funcionar direitinho, da padaria ao meu intestino, dos bancos ao meu bom humor institucional, da faxineira ao colégio das crianças, do consultório dentário ao caos no trânsito. Tudireitinho. Diz pra mim, vai.

Tô agüentando esse feriado espichado dedicado aos falecidos, não.

Adiantamos uma hora, mas não adiantou lá muito. Meu tédio tá me olhando - com cara de você sabe o quê -, e me cutuca de hora em hora pra dizer:

- Assunta alguma cousa, tchê.

Estou quase estrangulando alguém. Sai da frente, meu anjo.
Sai da frente, que é pro teu bem.


Coquetel trash

Aproveitei que a minha mãe foi viajar nesse feriado e jantei, ontem, um coquetel explosivo: Baconzitos com Fandangos.

O detalhe é que a minha mãe mora no RS e eu, no Rio. Há 7 anos.

Mas, sei lá, sempre é bom dar uma radicalizada quando os pais viajam.
Teste. Funciona, blogzinho de uma figa.

01 novembro 2004

DVD - Cristina quer casar

Depois de hooooooooras perambulando pela locadora sem conseguir um filme decente que eu ainda não tivesse visto – e que não estivesse locado neste domingo de feriadão -, cheguei no nacional “Cristina quer casar”. Com Denise Fraga, Marco Ricca (que eu adoro) e Fábio Assunção. A expectativa era zero, confesso. Voltei para casa bufando; está bem, o calorão de hoje X minha disposição para andar a pé pelo bairro às 3h da tarde ajudaram...

Trata-se de uma comédia romântica pouco original – mulher de 34 anos quer casar e resolve procurar uma agência matrimonial, blá blá blá -, mas sabe que é bem bonitinho? Denise Fraga encarna uma Cristina do tipo poderia-ser-qualquer-uma-de-nós; cheia de contas para pagar, desempregada e boa gente. Tipo da coisa que ela faz com um pé nas costas, estamos acertados?

Marco Ricca e Fábio Assunção completam, com ela, um triângulo cheio de humor e quase sem surpresas, e assim o filme se dá: fofo e previsível, como 90% das comédias românticas que se prezem. Se querem saber, acompanhou muito bem o meu porre de Coca Light no fim de tarde do domingão pré-finados.


Churrascaria (o nome já diz, né?)

Convidei meu irmão para ir a uma churrascaria. Na fotinho da propaganda, havia um enorme buffet de comida japonesa. Não como carne. Meu interesse culinário era claramente nipônico, não escondi isso de ninguém. Nem da moça que atendeu ao telefone quando liguei, à tarde, para me certificar de que não ficaria só na saladinha:

- Tem comida japonesa, não tem?
- Tem no buffet, sim, senhora.
- E é bem variada, certo?
- É o nosso buffet, senhora. A senhora já esteve aqui, não já?

Não-já. Essas moças têm mania de “não-já”. Não, eu não-já nunca tinha ido. Se tivesse ido, não-já teria ligado para pedir informações sobre algo que eu já conhecesse. Não-já seria óbvio?? Desliguei. Bem feito pra mim.

Não só não-já era óbvio, como tive ingrata surpresa ao conferir, ao vivo e em (poucas) cores, o tal buffet japa. Sem mentira: três ou quatro bandejas, se tanto, com meia dúzia de sushizinhos murchos em cada. Só.

Fiquei com tanta raiva, mas tanta raiva, que nem a salada eu pude aproveitar direito. Murcha também, te digo. Mano se esbaldava numa carnificina contagiante, passou até mal depois. (Não foi olho gordo, juro).

Eu devia ter imaginado. Churrascaria. O nome já diz, né.


É fantástico

Reportagem no Fantástico sobre adolescentes que estão “pendurados” nas notas da escola neste fim de ano. “Especialistas orientam” (sempre eles): mais diálogo em casa. Adolescentes, por sua vez, desorientam: não estou nem aí, quero mais é fazer festa; se tomar bomba, f***-se.

Sinceridade?

Se o pirralho chega à adolescência com esse tipo – sem esse tipo? – de idéia na cachola, é bem feito para os pais.

Ou será que o Fantástico é que foi omisso nos últimos 13 anos?

Mais provável é que tenha havido overdose de Fantástico, isso sim.