30 maio 2004

Celebridade


Assistir à novela Celebridade com meu irmão é pedir para ficar irritada. Primeiro, que ele não entende nada da história (porque raramente vê). Então, a cada musiquinha misteriosa acompanhada de uma careta indecifrável, ele vem com o famoso:

- O quê? O quê? O quê? (Cutucando meu braço no sofá).

Querendo que a gente conte o que aconteceu até aquela situação. Aí você até começa a explicar, na boa, acontece que o fulano flagrou a fulana fazendo...

- Quem é fulana??? (Com os olhos arregalados).

Pronto, ele não sabe quem é quem, e aí fica mesmo difícil. Outro dia, vendo a novela das 7h num sábado, lascou:

- Caraca!!! O que é que o Sassá Mutema tá fazendo nesse casarão?

Desisto.

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Mas, dia desses, saiu-se com (mais) uma pérola. Além de se indignar profundamente com toda celebridade musical que aparece na novela (“jabá... jabazão...”- murmura), não perdoou a cantora Vanessa Da Matta, num showzinho no badalado Espaço Fama. Depois de observar alguns minutos da performance da moça, o olhar sério, mão no queixo, sabiamente concluiu:

- É... Cabelão desgrenhado, vozinha fina, olhar perdido no horizonte, cara de paisagem... Ela pensa que é a Gal Costa, né?

Tive que rir.

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A propósito: o casalzinho Alexandre Borges e Júlia Lemmertz é muito fofo, tanto nas telas quanto fora delas. Mas, convenhamos: quem é que agüenta a Gal Costa cantando (pelo nariz) a fatídica: “momentos são iguais àqueles em que eu te amei...”?

Pior que isso, talvez os Titãs (jabá, jabazão! – murmura meu irmão) emplacando outro refrão-auto-ajuda: “Enquanto houver sol, ainda haverá”. Fala sério!

E eu sou do time que dá crédito às bandas que pisam na jaca, ora, quem não se engana volta e meia? Venham com um, venham com dois, mas não me venham com três refrões-auto-ajuda (produção em série), que aí já é maldade. Não abusem do meu otimismo sagitariano. Sorry. Demoro a falar mal, mas, quando falo...

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Casal da hora: Palmira e Seu Salvador.

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Beatriz é minha ÍDOLA. É podre de rica, grita o quanto pode, passa por doente e bobalhona, mas vive no mundo perfeito: um mundo onde ela e o príncipe Amorim terminam juntos (na cabeça dela, claro. Mas quem é que pensa com a cabeça dos outros, afinal?).

Além disso, não precisa aturar ronco, mau humor, futebol ou Discovery Channel. E ainda vai dar uns pegas no Márcio Garcia, que eu sei.
Salve, Beatriz!