28 dezembro 2001

Natalzinho bem chuvoso, este. Rio, 24 graus. Pode?

Hoje é o dia. Eu quase posso tocar o silêncio.
Tudo que vai deixa o gosto, deixa as fotos - quanto tempo faz?
Deixa os dedos, deixa a memória - eu nem me lembro mais.


O Panetone não acaba, e tem um vinho italiano na geladeira. Periga eu me
perder no meio daquelas frutas cristalizadas, e acabar até me colorindo um
pouco. Amanhã é dia de batente, mas nem parece. E o vinho é tinto, me
parece. Podiam cristalizar o feriado, também.

Eu fico à vontade com a sua ausência... eu já me acostumei a esquecer.

Sonhei que tocava contrabaixo, enveredava pelos slaps da vida, e três (das
cinco) cordas rebentavam ao mesmo tempo. Inédito! - três cordas do baixo
rebentando juntas. Ainda bem que isso só me acontece em sonho.

7 dias para 2002...

A música que eu tocava - no sonho - era Mercedita. A família Ferrettitocava junto, e o Renato Borghetti fazia uma participação também. Quem
cantava era uma senhora de cabelo enroladinho, pele escura, olhar meio
sofrido. Cantava muito bem, cantava doce.

Depois que praticamente debulhei o meu contrabaixo, fiz cara de decepção,
larguei o instrumento no chão e desci do palco. Parece que um outro
baixista iria me substituir - tinha um Yamaha de 6 cordas, se não me
engano. Mas saí correndo, chorando, parecia que o mundo tinha desabado. Nem
quis ver o fim da festa.

Vai ver eu estava era de olho no vinho tinto, tanto que acordei.

Italiano!!

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