25 abril 2003

Meu cartão de crédito estava bloqueado porque atrasei uns dias o pagamento. Paga a fatura, esperei uns dias, e liguei para a central de atendimento às 8h da manhã de ontem:

- Eu gostaria de saber se o meu cartão já está desbloqueado.

- Sim, senhora. Está pronto para as compras.

Fui a elas.

Meio-dia, estou com o carrinho do supermercado cheio, e empaco no caixa.

- Não estão aceitando o seu cartão, moça.

Fui ao balcão, de onde tentaram de novo. Nada.

Ligaram para a central, lá do supermercado, e me colocaram no telefone com uma atendente. Ela me explicou que o meu cartão estava bloqueado para compras, por conta do atraso.

Ainda calma, esclareci que tinham me dado uma informação diferente, e só por isso eu saí de casa para fazer as compras do mês.

Ela não podia fazer nada. E me passou para outra moça, que me ouviu e argumentou a mesma coisa, depois me passou para outra moça, que fez o mesmo, e depois outra, e outra... enfim, moças intermináveis, mas sempre com musiquinha no meio.

Nisso, já havia uma dúzia de gente ao meu redor - atendentes, ajudantes, clientes esperando para ouvir moças e musiquinhas, e ainda curiosos querendo saber como a caloteira aqui iria se virar, e pensando - "bem feito, pegaram!".

Para a Juliana, a última das moças, solicitei o cancelamento do meu cartão de crédito. Já que não se podia fazer nada para reparar um erro que foi deles, eu desejava cortar qualquer vínculo com a empresa.

- Mas a senhora é cliente há tantos anos...

- Por isso mesmo, Juliana, eu achei que merecesse respeito.

Foi tudo em vão.

Resultado: a Juliana quis negociar. Acabei não cancelando o cartão, mas ganhando o resto das anuidades de 2003 grátis, por conta do mal entendido.

Mas o mico que eu paguei devolvendo as compras depois de tudo, como eles próprios dizem, não tem preço.

Vou à justiça. Me aguardem.

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