12 março 2004

Pingos d’euzinha


Saquê: fim do mistério

Tanto fiz, que consegui. Meu irmão e minha cunhada, leitores assíduos deste blog, não resistiram aos meus apelos (in)diretos: numa passadinha pelo supermercado, passaram a mão numa garrafinha de saquê e me deram de presente. Está certo que tinha pouco mais de 200ml (sagitariana gosta de tudo exagerado, hehe!), mas matou minha curiosidade: até que é bom, tem um gostinho suave. Um pouco enjoativo, talvez.
Pensando bem, que bom que eram só 200ml!

Saúde “como um todo”

Ando almoçando bife de soja, arroz com brócolis, espinafre, peixe grelhado, grão-de-bico, feijão branco... essas delícias naturebas de que gosto. É que arrumei uma empresa de comida congelada que entrega em casa – claro que eu não faço todo esse cardápio, digamos, sozinha comigo mesma! Tem quebrado o maior galho, sobretudo nesses dias em que a coluna não ajuda. Com tanto exercício fisioterápico, correção postural e outras atitudes, digamos, politicamente corretas, a gente acaba pensando um pouco em saúde “como um todo”. Deve ser o tal lado bom da cousa.

TVzeira

É claro que eu ando acompanhando, diariamente, toda a vasta programação que a nossa riquíssima TV aberta nos proporciona. Virei uma TVzeira assumida. Quer saber quem está pegando quem no BBB, quais são os entrevistados do Sem Censura, quantos tostões faltam para a Maria Clara ter que ir vender sanduíches na praia? Pergunte à tia Bíbi. Sem falar no caso Luma, claro!

Baranga, não!

Acreditem. Semana passada, mal podendo me levantar da cama de tanta dor, inventei de passar autobronzeador neste corpitcho desbotado. Quando dei por mim, estava me contorcendo na cama, mais parecia um polvo cheio de braços, no afã de espalhar bem o produto pelas costas (senão fica manchado). Pasmem: obtive êxito! Tanto foi, que já fiz uso desse cosmético milagroso outras vezes – o que tem me permitido manter a peruice, ainda que debilitada fisicamente. Hoje foi a vez da máscara de pepino (Avon, cheirosérrima!) no rosto. Quebrada, sim. Baranga, não!
P.s.: Minha mãe diria: “Filhota, autobronzeador a gente até usa, mas jamais confessa! Que graça?”. Mas eu sou muito confessional, acho mais graça no contar que no fazer. Hoho.


Pessoas que sofrem

Gianechinni sofre de beleza indestrutível (por mais que queira se enfeiar, não consegue).

Clodovil sofre de não dizer nada com nada, em tempo integral, ainda que pareça se esforçar e acreditar – inacreditavelmente! – no que (não?) diz.

Cauã Raymond (o eterno Mau-Mau de Malhação) sofre de ter escolhido a profissão errada, e corre sério risco de ser um eterno um mau-mau-ator – aqui, sofro eu de trocadilho infame!

Gilberto Barros (o “Leão”) sofre de ser o sujeito mais canastrão do horário nobre.

Malu Mader sofre de ser a perfeição em forma de mulher. O interessante é que conheço mais mulheres que concordam com esta sentença do que homens, o que confirma a minha tese: homens não entendem nada de mulheres inteiras; apenas amam esquartejadamente suas “deusas”: picanha de uma, maminha de outra, coxão de dentro, e assim por diante.

Marcos Palmeira sofre de não ser nem um pouco bonito, mas, inexplicavelmente, exalar sensualidade. Deveriam lhe colar um adesivo na testa: “150% Charme”.

Luís Fernando Verissimo sofre de ser o único escritor brasileiro com cara de jazz: você olha a cara dele, e não entende absolutamente nada. É a coisa mais fofa que há. E ainda toca sax (jazz, é claro!).


Reflexão do dia: não há o que não haja...

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