22 novembro 2006

Sonho doido

Estou numa loja que não conheço e comento com alguém que não conheço:

- Eu odeio psicólogos!

Nisso a vendedora dá uma risada e aponta para um homem que está assinando alguma coisa no balcão:

- Xiiii... Ele é psicólogo.

Mas ele corrige:

- Sou psiquiatra.

Quando todo mundo espera que eu vá sair com uma piadinha (a meu estilo), olho para o homem e faço uma cara de nada.

- Grande coisa. Aliás, pior ainda.

!!!

Freud explica? A propósito: não odeio psicólogos; muito pelo contrário, sou adepta da psicoterapia!

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Abandono

Estou ficando com medo da minha máquina de lavar. Depois de algum tempo, elas começam a achar que são gente e querem sair andando pela área de serviço, já viu? A minha rebola e faz um barulhão enquanto centrifuga.

Acho que já entendi por que se chama centri fuga.

Não devo estranhar se aparecer um bilhete grudado na geladeira: “Briguei com o microondas, motivo: essa mania que ele tem de esquentar muito rápido! Fui.”

Vai embora não, maquininha... Sou uma ótima conselheira sentimental.

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Clic

Fomos fazer uma primeira visita ao pediatra. Achei maravilhoso, sobretudo porque ele não quis ver nada dentro de mim (meio cansada desse pré-natal, todo mês tem um senhor muito gentil investigando minhas áreas de acesso restrito, saquinho)...

O pediatra, também muito gentil, apenas perguntava o que eu queria perguntar. Cheguei lá meio despreparada, não tinha uma listinha de perguntas.

- Qualquer coisa que o senhor me disser eu vou considerar relevante. Não tenho a menor idéia de como tratar um bebê.

- Não se preocupe. Na hora vai dar um “clic” e você saberá o que fazer.

Já gostei. Um clic na minha cabeça é tudo de que eu preciso, afinal. Com tanta novidade, ando me sentindo um pouco sem clic. E como faz falta.

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