30 abril 2007

Filósofa

Levantei cedo e fui lá espiar. Ela estava acordada no berço, quietinha. Fiquei observando. Não mexia além das pálpebras. Piscava com calma, olhava o infinito, vez em quando um suspiro. Não vai chorar? Nada. Talvez refletisse, ponderasse, meditasse. Pelo horário já devia estar com fome e, na sua filosofia de bebê, decerto arriscava:

“Só sei que nada seio”.

Hoho.

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