11 agosto 2002

Ois!

Obrigada, Nandu! Volte sempre.

Fui ouvir jazz num barzinho chamado Taberna Diferente, lá em Santa Tereza.

Ainda não entendi como é que aquela gente não bate no bonde; vocês imaginam que há um bonde transitando por lá, e os carros andam por cima dos trilhos dele. Na rua.

É um vai-vém maluco, minha gente, quase dei de cara com o bonde duas vezes. A estrada, não bastasse, é cheia de subidas (e descidas, para quem vem de cima) e curvas.

Você pede informação, e o sujeito diz: "segue os trilhos do bonde toda a vida" - e o pior é que ele não está brincando! Você toca por cima dos trilhos, mesmo, e reza. No meu caso, rezei muito. Jesus Cristo já não agüentava mais, sorte que ele está acostumado ao fiel em desespero, que tem gente que só reza nessas horas, sabe como é.

Tudo bem que o bonde é meio devagar, mas assusta igual. A mim, assusta. Não sou de andar nos trilhos dos outros, eu me sinto invasiva, sei lá, um desconforto sem igual. É como tocar com instrumento emprestado, mas sem pedir permissão. Com o agravante que o instrumento pode te atropelar de repente.

E quando vem um ônibus, então???

Você vai subindo a ladeira, em curva, e o bonde vem de atrás (o "de atrás" é licença poética, não pude evitar, ok?). Lá de cima, embaladinho, vem um busum lotado, afoito e nem-te-ligo. Pra quê. Jesus Cristo, nessa hora, quase ficou surdo, tanto que eu implorei para esperar pelo menos eu tocar no Metropolitan - gosto do nome antigo - antes de partir.

Acredito na hora certa, mas as curvas de Santa Tereza são de abalar a fé de qualquer cristão. E eu peço mesmo.

Graças e Ele, cheguei lá em cima numa boa, apesar do susto e alguns fios de cabelo a menos. Bufava.

O barzinho é rústico, daqueles com banquinhos de tronco de árvore. E tem papel higiênico no banheiro, o que já me cativa uns 60%.

Não que haja alguma relação entre o medo do bonde e o papel higiênico; foi apenas uma observação.

Ih, acho que não convenci.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu