12 agosto 2002

PRATICAR A SATISFAÇÃO CONSTANTE

Eu li a frase acima nuns dizeres do Sai Baba, se não me falha a memória. Não é bonito - satisfação constante?
No mínimo, inteligente.

Experimente passar um dia sem se irritar com nada, absolutamente. Sabe um dos princícpios do budismo, né? - a intemporalidade das coisas. Tudo passa, como uma onda no mar; já dizia o Nelson Motta.

Se nada fica, meu amigo, é meio inútil sofrer. Concorda?
Como diria meu avô: você perde a lavada da bunda. Desperdício puro.

Não é inteligente ter apego a coisa alguma, que dirá se apegar ao tempo - uma coisa tão inoportuna quanto inexistente, que a gente cisma em levar ao pé da letra. Quando a lavada da bunda termina, a ação já lhe escapou por entre os dedos - com todo o respeito. Isto significa que toda lavada de bunda é única, essencial e sagrada. E passa.

Praticar a satisfação constante deve ser, pelos meus cálculos, lavar a bunda com prazer, independentemente do tamanho da sujeira. Sem ficar pensando no antes ou no depois - apenas estar ali, presente, de coração.

É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã - porque, se você parar pra pensar, na verdade não há.

Experimentem daí, que eu experimento daqui. E durmam com Deus, queridos. Beijocas.

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