28 março 2004

Curtas de um domingo longo


New links

Por acaso as minhas leitoras já conferiram as novidades da lista de links (ao lado)? Para quem não tem absolutamente NADA a fazer, vale o link “plástico de bolha”. Inventam de um tudo, não? Ligue as caixinhas de som e brinque de estourar as bolhas virtuais – ploc! ploc! -, além de se divertir com as mensagens inusitadas (em inglês) que aparecem na tela vez por outra.

Outra pérola anti-tédio é a “bonequinha de papel”. Lembram? Quem foi guria nos anos 80 não deixou escapar uma revistinha dessas, que vinham com a bonequinha de papel para recortar e as roupinhas para ir trocando indefinidamente. Pois, agora, eis a moçoila peladona e suas vestes virtuais – em vez da tesoura, use o mouse. Ainda bem que eu avisei, né?

Na lista de blogs, o primeiro da fila é o da minha cunhada – está atualizadíssimo e de roupinha nova! Beleza Mundana, lindo, lindo.


Ídolo

Meu ídolo da hora (como se vê, mudei pouco desde os 16 anos) é o escritor gaúcho Sérgio Faraco. Comprei um livro de bolso no aeroporto de Florianópolis há dois anos – Melissa: favor não reavivar o episódio, não vamos começar tudo outra vez! -, chama-se “Viva o Alegrete – Histórias da Fronteira”. São contos impecáveis e impagáveis, escritos com classe, humor gaúcho-irônico e muita propriedade.

Agora ando atrás dos outros livros dele – que, aliás, eu já deveria ter lido há muito tempo. Deve ser um melhor que o outro.


Prato do dia: lasanha da cunhada ao molho misterioso.

Estupenda. Magnífica. Suculenta. Picante e suave no ponto certo. Macia, belíssima, enfim: um atentado à boa forma que vem em camadas - e vai em comidas.

Nunca fiz uma lasanha na minha vida. Mal sei do que é feita essa iguaria tentadora, e nem quero saber, Deus me livre de entrar em contato com essas coisas perigosas. As poucas que comi (sem ser de microondas) foram de minha vó Maria, meu pai ou alguma cunhada. Lasanha de cunhada é o que há, devo admitir.

Das poucas qualidades que uma cunhada pode ter (hahahahahahahah!!), fazer lasanha é, sem dúvida, a principal. Lavando a louça depois, então, é quase para abençoar o casório. Eu disse quase.

Acordei com meu irmão cara-de-pau anunciando que fizera uma lasanha. Sei. Obviamente, tratava-se de uma pré-comunhão de bens culinários: meu irmão não faz mais que um churrasco delicioso, obrigação de qualquer gaúcho que se preze, e talvez um miojo com ovo nas horas de desespero. Tinha sido ela, que se calava, num momento de modéstia repentina.

Fingindo acreditar naquela lorota de quinta, fui provar o grude. Qual não foi minha surpresa ao constatar: a lasanha era um escândalo de boa.

Ainda falsamente crédula, fiz o que qualquer leigo faria: perguntei ao suposto autor da obra de que era feito aquele molho vermelho.

- Isso aí? Isso aí é simples. Pega a galinha, taca no liquidificador com uma lata de Pomarola e bate tudo junto.

- Galinha crua??? – duvidei.

- Calma! Bateu tudo? Então põe na panela e ferve. Tudo tem de ferver, pra tirar as bactérias.

- Sei. E o molho branco?

- Branco? É requeijão com maionese light. Põe no liquidificador, bate tudo e depois...

- Depois joga na panela e ferve.

- Isso! Ferve bem.


Depois da receita apurada e detalhada, convido a todos vocês para experimentarem a minha primeira lasanha, no próximo fim de semana.

Quem vem?

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